A China e o Resto do Mundo
20 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: China, Delfim Netto, desequilíbrios mundiais, USA, yuan | 2 Comentários »
Na análise sempre perspicaz do professor Antonio Delfim Netto, publicado hoje na sua coluna semanal na Folha de S.Paulo, sob o título “Até quando?”, ele relata o encontro do Obama com Hu Jintao, constatando que a China fingiu não ter ouvido a súplica para que deixasse flutuar o yuan livremente. Quem tem a assinatura da Folha pode acessar diretamente o site daquele jornal para obter a integra do artigo, e os que não o têm podem nos solicitar pelo email.
Todos sabem que o yuan extremamente desvalorizado provoca um desequilíbrio no comércio internacional mundial, gerando grandes superávits chineses com o resto do mundo, enquanto muitos países enfrentam substanciais déficits.
No passado, tais desequilíbrios eram corrigidos por mecanismos como o Acordo de Plaza, quando as principais economias do mundo realinharam os seus câmbios provocando, por exemplo, a valorização do yen japonês, comandadas pelos Estados Unidos. Eles detinham, ainda, maior influência no mundo, e o Japão não era uma potência atômica e nem tinha a dimensão chinesa.
A China se tornou a maior personagem econômica no mundo, a mais importante parceira econômica de muitos países, com um ritmo de crescimento econômico surpreendente, possui as maiores reservas internacionais, e não costuma respeitar nem mesmo as regras da OMC a qual aderiu tardiamente. E usa todo o seu poder de forma até arrogante, sem que os demais países tenham condições de se contrapor sem elevados custos.
Mas esta situação não é sustentável a longo prazo e a própria China terá que admitir esta dura realidade. Estão ganhando tempo, enquanto continuam aumentando a sua importância, convencidos de que são o País do Meio. Devem atentar para os ensinamentos deixados pelos trabalhos intensos, longos e profundos do professor Joseph Needham, de Cambridge, maior conhecedor da história da China no Ocidente.
Dr. Paulo Yokota,
o senhor continua incansável em disseminar e em compartilhar conhecimentos em prol da sociedade, acumulada ao longo dos anos.
Parabéns por mais esta iniciativa ímpar e inovadora.
Caro Mario Sato, obrigado pelos comentários e mande suas contribui sobre os estudos na Universidade no Japão. Paulo Yokota