Festas de Fim e Começo de Ano
3 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: Ano do Tigre, Ano Novo, Ano Novo Chinês, Fim de Ano, Jesus Cristo, Natal
Algumas das coisas mais estranhas para os sul-americanos no Extremo Oriente são as festas de fim de ano. Na América do Sul, como na maioria dos países ocidentais, o Natal é uma das datas mais festivas, por influência do cristianismo, sendo um feriado, inclusive parte de sua véspera. É costume haver uma ceia na véspera, e um almoço no dia 25 de dezembro.
Evidentemente, no mundo não cristão, que compreende mais da metade do universo, a data não faz muito sentido, mas os interesses comerciais estão influenciando diversos países, criando um Natal para se presentear as pessoas a quem se quer agradecer.
No Japão, 25 de dezembro é um dia útil como qualquer outro, com jornada completa nos empregos, mas as lojas estimulam a venda de presentes. Os ocidentais que vivem por lá só comemoram o Natal à noite, com um jantar e troca de presentes, cultivando a chegada do Papai Noel ou do São Nicolau (Santa Claus, em inglês). Muitos esquecem que se trata de um feriado religioso, comemorando o nascimento de Jesus Cristo.
Como na Coréia, no Japão a data mais festiva é o Ano Novo, dentro do calendário gregoriano, quando se aproveita o feriado que se estende por mais de um dia. Aproveitam para cumprimentar e visitar os parentes (costumam viajar para a casa dos pais), amigos da infância ou os mais caros. Até os mais veteranos na carreira profissional são lembrados normalmente com uma lembrança. O dia é festivo e é preparada uma culinária com pratos especiais para a data.
Na China, o Ano Novo é comemorado pelo sistema lunar, e em 2010 cai no dia 14 de fevereiro, quando se comemora o início do Ano do Tigre. Há muita queima de fogos, inclusive nas ruas, para espantar os maus espíritos. Todos desejam, reciprocamente, um bom Ano Novo.
Estes diferentes costumes são tão arraigados que passam a fazer parte da personalidade das pessoas. Quando são obrigadas a viver no exterior, em países cujas tradições são diferentes de onde foram criadas, sentem uma forte lacuna com a falta de um feriado de Natal no calendário, como se algo estivesse incompleto.