Vítimas da Bomba Atômica
28 de fevereiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: América do Sul, outros países, vítimas
Hoje, uma catástrofe como as bombas atômicas podem parecer muito remota para muitos. No entanto, os efeitos do que ocorreu a cerca de 55 anos atrás ainda deixa as suas consequências, mesmo na América do Sul.
O assunto volta a ser noticiado no Japão, pois os cálculos atuais ampliaram a área atingida, porque as estimativas atuais são mais precisas. Só no Brasil existem mais de 100 sobreviventes, que continuam sendo assistidos, acompanhados por “check ups” periódicos, e muitos falecem ainda de câncer.
Evidentemente, o maior número de vítimas foi de japoneses, seguidos dos coreanos que eram de um país sob domínio do Japão na época. Muitos que estavam trabalhando nas fábricas de armamentos, que era o alvo principal, eram oriundos da Coreia, como trabalhadores forçados.
Os que emigraram, depois de algum tempo no Japão, vieram para países como o Brasil, considerado mais afastado dos possíveis problemas atômicos. Os norte-americanos não sabiam quais os efeitos que a bomba atômica provocava, tanto que em Bikini utilizaram seus próprios soldados como “cobaias” nas provas depois da guerra, posicionando-os a distâncias variadas.
Logo depois dos bombardeios, algumas revistas reproduziram os horrores. Vi alguns e fiquei vivamente impressionado. Depois, os norte-americanos recolheram todas estas revistas, dado o impacto que causavam.
Algumas destas fotos podem ser observadas no Museu especializado que existe em Hiroshima, mas são apresentados de forma menos chocantes, mas ainda causam fortes emoções.
As pesquisas que foram efetuadas por décadas desenvolveram muitos medicamentos que hoje são utilizados para tratamento da pele, notadamente quando sofrem efeitos radioativos. Em todo lugar que ocorrer acidentes desta natureza. O Japão pode enviar especialistas para dar assistência, pois acumulou esta amarga experiência.
Que a humanidade, observando os horrores que praticaram, fique consciente de que a guerra é um absurdo, que não se justifica nem em casos extremos, é uma dolorosa lição destas calamidades. O Brasil vem adotando uma posição diplomática até com aqueles que muitos países consideram impossíveis de diálogo.