Brasil Desperta Disputas Internacionais
27 de abril de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: comércio, disputa com asiáticos, missão norte-americana
Para superar a recente crise econômica mundial, todos os países se empenham para renovar os contatos visando o aumento do intercâmbio de forma competitiva. No O Estado de S.Paulo de hoje, a jornalista Raquel Landim publica uma matéria com o título “EUA iniciam ‘ataque’ ao mercado brasileiro”, que expressa uma nova atitude do governo e setor privado norte-americano.
Eles compreendem que, para reconquistar novamente a liderança no intercâmbio com o Brasil, necessitam superar os chineses, que contam com o suporte do governo daquele país. Mesmo que não seja de sua tradição, entendem que as autoridades norte-americanas precisam dar suporte aos seus empresários.
Um grupo de 130 empresários norte-americanos se reuniu com especialistas que explicaram a situação em que encontra a economia brasileira: oportunidades, comportamento dos consumidores, impostos e barreiras, logísticas e até como não tomar ‘calote’. Um grande número de autoridades norte-americanas tem visitado o Brasil e se prepara para convidar mil empresários brasileiros para conhecerem os seus produtos nos Estados Unidos.
Estas autoridades admitem que estão competindo com asiáticos que contam com seus governos como retaguarda, como os chineses. Um dos especialistas explicou aos empresários norte-americanos que a América do Sul tornou-se um importante supridor de produtos primários para os chineses que, por sua vez, exportam produtos manufaturados.
O antigo conceito que a América Latina era um mercado privilegiado dos norte-americanos parece estar superado. Parece que o Brasil também necessita contar com forte suporte do governo para o seu setor privado, de forma que a contrapartida destes intercâmbios ocorra de forma saudável, com equilíbrio no comércio internacional.
Os norte-americanos perceberam que não podem viver com déficits comerciais cobertos por financiamentos externos. De forma semelhante, o Brasil ainda conta com investimentos e financiamentos externos, mas precisa encontrar formas de atender as suas necessidades de importação com o incremento de suas exportações, não só de produtos primários, como manufaturados que proporcionam a criação de empregos.