Lojas de Conveniência e Produtos Orgânicos
2 de abril de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: lojas de conveniência, produtos orgânicos
Na Ásia, as lojas de conveniência parecem ser a forma mais adequada de comercialização no varejo. Como o espaço é vital, as residências são pequenas, existe o costume do abastecimento quase diário, e agora estas organizações que costumam ter cadeias de lojas, muitas nas formas de “franchise”, costumam operar 24 horas, somente com um encarregado.
Até no Brasil, onde o espaço não é tão crucial, nota-se a multiplicação destes estabelecimentos, havendo uma tendência para supermercados locais, que atendem as conveniências dos moradores vizinhos.
Noticia-se, agora, que uma cadeia internacional, que possui uma grande quantidade de lojas no Japão, estabeleceu com um grupo de agricultores a produção conjunta de produtos orgânicos de forma a atender a crescente demanda destes vegetais e legumes.
Os agricultores brasileiros reclamam que as grandes cadeias de supermercados, dada a quantidade que compram, costumam impor preços baixos. Muitos se recusam a virar fornecedores regulares, pois ficam sujeitos ao poder de negociação destas organizações, sendo que algumas estão terceirizando estes serviços com produtos altamente perecíveis.
O mercado vai se acomodando, e muitos produtos orgânicos, cuja demanda vem crescendo cerca de 30% ao ano, exigem cuidados que só podem ser dispensados pelos pequenos produtores, normalmente familiares.
Certamente acabará se encontrando uma forma de acomodação, pois as grandes organizações quase monopolísticas não são consideradas adequadas, e em muitos países existem organizações como o CADE para evitar práticas predatórias. Nem sempre estas regulamentações estão sendo efetivas, e muitos dos males decorrem de abusos praticados por elas.
Os consumidores, que devem comandar o processo, desejam produtos de qualidade a preços acessíveis e, na medida em que isto possa ser feito de forma conveniente, certamente estes mecanismos de varejo acabarão se multiplicando. Afinal, os seres humanos não são meros números, e desejam ser tratados com cortesia, e se possível de forma pessoal.