Esforços da APEC e Melhoria do Comércio Internacional
7 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: APEC, Doha, esforços, limitações | 2 Comentários »
As declarações dos ministros de diversos países agregados na APEC – Associação dos Países da Bacia do Pacífico registraram que avanços foram alcançados, mas foram somente manifestações diplomáticas, afirmando serem a favor do avanço da Rodada de Doha. Na realidade, os discursos são todos a favor de avanços na maior liberalização do comércio mundial, mas metas não foram estabelecidas. Desta organização faz parte o México e o Chile, concorrentes do Brasil.
Lendo cuidadosamente os dados divulgados, nota-se que existem resistências de todos os lados. Como a tentativa de separar os entendimentos dos principais países asiáticos, como a China, o Japão e a Coreia do Sul com a Asean – Países do Sudeste Asiático, que tendem a acelerar algum tipo de acordo de livre comércio entre eles. Os Estados Unidos e os sul-americanos ficariam fora, pois as resistências americanas são conhecidas.
Repetem-se estas reuniões, mas de prático nada se consegue, mesmo que se diga que são a favor da Rodada de Doha. Os desenvolvidos lutam para liberalizar o comércio dos produtos industrializados, enquanto continuam dando subsídios para seus produtos agrícolas. Os países emergentes exigem um acordo equânime que aparenta mais difícil com a recente crise.
Na realidade, como os acordos multilaterais são difíceis, muitos países estão avançando nas suas tentativas bilaterais, ou de alguns blocos mais uniformes. Os asiáticos parecem mais pragmáticos, na medida em que a China é um mercado expressivo, atraindo os interesses dos países vizinhos, todos eles com elevadas capacidades comerciais.
O Brasil teria que acelerar seus entendimentos bilaterais, para evitar ficar isolado, com um Mercosul que apresenta dificuldades de avanços significativos. Seria interessante que incorporasse mais dos milenares conhecimentos comerciais dos orientais, tanto dos chineses como do Oriente Médio.
Se o Brasil se orgulha de ter recebido importantes contribuições étnicas e culturais de grande número de países do mundo, seria uma oportunidade para colocar em prática o que é possível, deixando de sonhar num mundo de livre comércio que não existe. Insistindo na mesma linha, estamos perdendo tempo, enquanto muitos avanços estão se registrando, ainda que não sejam os melhores.
Visitando o Oriente Médio e vendo os relacionamentos milenares com o Extremo Oriente, nota-se quanto o Brasil continua ingênuo, quase juvenil, com seus poucos anos de história comercial, quando comparado com os das antigas civilizações. E esses povos orientais precisam ser respeitados, portadores de grandes habilidades comerciais, deixando de considerá-los como igualmente emergentes ou mesmo “pobres” quando muitos possuem níveis de renda superiores ao do Brasil.
Muito bom, consegui entender tudo.
Caro Alisson Hermes,
Obrigado pelo uso do site.
Paulo Yokota