Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Gigantes Eletrônicos Japoneses se Movimentam

18 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: associações, celulares, concorrência externa

O jornal econômico japonês Nikkei de hoje informa que grandes movimentações de empresas eletrônicas japoneses começaram a ocorrer, pressionados pelas associações que ocorrem no exterior, procurando sinergias para novas batalhas, superando seus negócios deficitários. A mais significativa é a movimentação da Toshiba, associando-se com a Fujitsu nas operações com celulares. Os chairman Atsutoshi Nishida e o presidente Norio Sassaki, da Toshiba, forçaram a junção de seus esforços conjuntos, incluindo o Smartphones, mesmo o comando ficando com a Fujitsu.

O Nikkei informa que a Toshiba não se satisfez somente com entendimentos com a Panasonic e a Sharp neste setor. Isso em função das batalhas provocadas pela Hewlett Packard/Palm para enfrentar o iPad da Apple e as movimentações da Google, que já provocaram a associação da Yahoo/Nokya.

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Norio Sassaki, presidente da Toshiba

Os grupos eletrônicos japoneses estão se associando, como a NEC/Cassio/Hitachi e a Kyocera/Sanyo, ficando isoladas, por enquanto, a Sony e a Mitsubishi Eletric neste segmento das operações com os celulares, que se torna cada vez mais completo, envolvendo todos os segmentos de comunicação móveis.

Evidentemente, empresas de outros países como a Coreia não devem ficar indiferentes a estas movimentações que atingem uma escala mundial, extravasando os mercados de países. O que aparenta estar ocorrendo é a junção de esforços de empresas japonesas do setor eletrônico com os de comunicação e informática, reagindo ao que ocorre no mundo. Isto permite antever batalhas significativas, onde os asiáticos poderiam estar somente na produção de aparelhos, e começam a ingressar nas operações, aproveitando as dimensões dos seus mercados internos.

Não se deve esquecer que os chineses, inclusive em Taiwan, como os indianos também estão agressivos nestes mercados, o que pode trazer inovações onde os norte-americanos estavam comandando.