Países da APEC a Favor da Energia Limpa
21 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: APEC, atômica, bioenergia, carvão mineral, energia limpa
O importante bloco dos países da APEC – Associação dos Países da Bacia do Pacífico, que representam 60% dos consumidores de energia do mundo, se manifestaram a favor da produção de energia limpa. Estiveram reunidos em Fukui por três dias, no Japão, em nível ministerial dos responsáveis por energia, e decidiram que, apesar de continuarem dependendo do petróleo, vão desenvolver o uso da energia atômica, e outras energias limpas, ainda que elas sejam mais caras.
Preocupados com a atual elevada emissão de carbono, estes países que continuarão a se desenvolver economicamente, comprometem-se a estimular o uso destas energias limpas, inclusive proveniente de carvão mineral, com maior eficiência e de forma não poluente, como noticiou o jornal econômico japonês Nikkei.
Ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão Masayuki Naoshima e o director executivo da APEC Muhamad Noor
Estes países, que incluem os atualmente mais poluentes do mundo, como os Estados Unidos e a China, consideram que este problema é dos mais graves na região. Isto significa que o uso da energia atômica continuará num ritmo muito elevado, mesmo com o uso de energia biorrenováveis, que também ganham importância. Deve-se lembrar que o uso do carvão, que atualmente é também poluente, exige desenvolvimentos de tecnologias novas, reduzindo o nível atual de poluição.
Tudo indica que problemas, como o vazamento do petróleo no Golfo do México e outros problemas similares, também preocupam estes países. Isto serve igualmente como advertência para as produções em águas profundas, ainda que o Brasil não faça parte deste bloco, pois é a maior detentora de reservas no pré-sal. Tudo indica que os preços da energia continuarão a subir, viabilizando produções que são mais elevadas que as atuais, beneficiando economias como a brasileira.
Como o Brasil dispõe de alternativas competitivas, esta posição conjunta de países importantes, como os da Bacia do Pacífico, vão melhorar as perspectivas brasileiras. Há indicações que também vamos ampliar o uso de energia atômica na sua matriz energética, apesar de contar com outras energias renováveis e não poluentes.