Tecnologia na Administração Hospitalar
25 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Saúde | Tags: avanços nos protocolos eletrônicos, imagens, uso da internet
O jornal econômico japonês Nikkei informa que a NEC, Sanyo e a CSI juntam seus esforços para atuar em conjunto na área do intercâmbio de informações de todos os pacientes, estabelecendo algo como um prontuário único, com as suas autorizações. Incluem as imagens dos diagnósticos e todo o histórico médico dos pacientes, que podem ser transmitidos “on line”.
A NEC detém 20% do mercado japonês de sistemas desta natureza com hospitais com um mínimo de 200 leitos, enquanto a CSI 20% dos hospitais menores, com menos leitos. A Sanyo controla cerca de 30% do mercado de clínicas médicas. As três empresas, atuando em conjunto, devem gerar grandes vantagens de escala e aglomeração, devendo ampliar as informações de um paciente numa região. O custo para os hospitais e clínicas é mínimo, algo como 30 dólares por clínica e 600 a 1.000 dólares por hospital.
Com a autorização dos pacientes, todos os seus dados podem ser intercambiados, inclusive a prescrição de medicamentos e tratamentos a que já foram submetidos. Isto os dispensa de coletarem as informações do seu passado médico sempre que efetuam consultas ou necessitam utilizar os serviços hospitalares.
Está ficando claro que nestes serviços hospitalares, como das clinicas, está havendo uma grande economia de escala, estimulando a formação de redes, notadamente nos dados de laboratórios clínicos como diagnóstico com imagem. Isto está ocorrendo, inclusive no Brasil, com a melhoria das transmissões de dados, inclusive boas imagens, com a constante atualização dos equipamentos, Há grandes vantagens quando as negociações com os fornecedores ocorrem envolvendo grandes volumes.
Algumas empresas no Brasil, tanto em dados clínicos como os de imagem, já efetuam estas operações, inclusive com instituições no exterior, para o intercâmbio de suas habilidades, propiciando diagnósticos mais precisos ou obtenção de segundas opiniões.
Os hospitais, laboratórios e clínicas que ficam isolados acabam sofrendo desvantagens na atualização dos seus equipamentos bem como das metodologias utilizadas, ficando impossibilitado de acompanhar a concorrência que está se tornando cada vez mais acirrada.