Toyota Retoma a Segunda Planta em Sorocaba
17 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: anúncio no Nikkei, pequenos veículos para países emergentes, Toyota no Brasil
A matriz da Toyota na proximidade de Nagoya, Japão, divulgou no jornal econômico Nikkei desta quinta-feira, dia 17 de junho, a retomada do seu projeto da segunda planta em Sorocaba, Brasil, que tinha sido suspensa com a crise econômica. Ela terá capacidade de produzir pouco mais de 100.000 unidades anuais de veículos pequenos voltados ao mercado local e de países emergentes, com o início da produção prevista para o começo do próximo ano.
O mercado brasileiro acusou em 2009 um crescimento de mais de 11%, e nos primeiros quatro meses deste ano superou a Alemanha, tornando-se a quarta maior do mundo, depois da China, dos Estados Unidos e do Japão. O jornal Nikkei informa que a Fiat, Volkswagen e a GM controlam 60% do mercado brasileiro e a Toyota pretende aumentar a sua participação, mas com um orçamento menor que o inicialmente previsto.
A Toyota está consolidando suas plantas no Japão e no Reino Unido, bem como postergando a planta que estava prevista para os Estados Unidos. Seus planos estão dando preferência para os países emergentes como o Brasil e a China, com veículos menos onerosos.
Outras informações dão conta de uma reestruturação em marcha na Toyota, voltando-se a preocupar com a qualidade, pois a sua imagem foi afetada pelos “recalls” de diversos dos seus modelos. Na realidade, eram bons produtores de automóveis, mas não foram felizes com a eletrônica embarcada, que é mais um problema de informática. Como a maioria das empresas japonesas, possui uma tecnologia desenvolvida dentro do grupo, sem se socorrer da colaboração de outras empresas mais habilitadas em outros setores.
Com o aumento dos veículos menos poluentes, muitos dos carros estão se tornando parcialmente elétricos, e para tanto precisam contar com baterias de alta eficiência, que é uma especialidade de empresas de eletricidade.
O que se espera da Toyota no Brasil é que ela considere mais a colaboração de empresas brasileiras que podem completar com conhecimentos específicos deste país. Eles já identificaram que precisam de um “enraizamento” mais profundo nos países onde atuam, conhecimento esperado na prática, reduzindo o orgulho exagerado.