A China Incomoda Muita Gente
4 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: emergentes como a Índia, Europa e Japão, incômodos para os Estados Unidos | 2 Comentários »
As empresas internacionais que operam na China estão sofrendo a sua concorrência em terceiros países. Por isso, apresentam reclamações sobre o comportamento dos chineses e de suas empresas estatais, diante do que consideram desleais. É sabido que a China demorou em aceitar as regras da Organização Mundial de Comércio (OMC), informando que precisavam se preparar para esta competição internacional. Muitos reclamam que a China não respeita as regras de patente, tendo copiado muitas que foram desenvolvidas no exterior, sem pagar os devidos direitos, tendo adaptado algumas delas.
O jornal econômico japonês Nikkei relata que empresas norte-americanas, europeias e japonesas expressam as dificuldades que enfrentam na China. Um relatório da United States Chamber of Commerce reclama da política industrial chinesa, e com o tratamento que consideram desiguais das empresas locais com as estrangeiras. O fato concreto é que poucas empresas estrangeiras conseguem lucros na China, e só podem usufruir vantagens quando exportam para o exterior. Mas, para contra argumentar, os chineses informam que os investimentos externos na China aumentaram 20% no último ano, mostrando que o mercado local continua atrativo.
As reclamações se estendem para as atividades dos chineses no exterior. A Índia, por exemplo, procura dificultar o avanço chinês no sudeste asiático estendendo sua ajuda para estabelecer uma infraestrutura adequada com o regime militar de Myanmar, ao mesmo tempo em que procura aproveitar o fornecimento de gás daquele país.
O carvão mineral da Austrália também tem sido objeto de seu interesse, como dos japoneses, para fazer frente à fome de matérias-primas e energias da China.
Os chineses também são acusados de estarem adaptando tecnologias oriundas do exterior pelos quais não pagaram direitos. É o caso da gigantesca Usina de Três Gargantas que utiliza muito dos conhecimentos desenvolvidos em Itaipu. Como pretendem competir com trens rápidos em terceiros mercados, utilizando adaptações do que absorveram dos alemães.
O fato concreto é que a agressiva atitude chinesa pensando somente em seus interesses, com a rápida expansão de sua economia e o aumento de sua presença no exterior para assegurar o seu abastecimento de matérias-primas, alimentos e energia, está incomodando muitos países. No momento, os interesses no ingresso do seu estupendo mercado obrigam a absorver alguns absurdos chineses, mas na medida em que concorrem com eles no mercado internacional de grandes obras as tensões se elevam.
Este site está repleto de matérias muito bem fundamentadas e atrativas para leitura. A propósito da pirataria chinesa é impressionante a quantidade e variedade de celulares, smartphones e diversos aparelhos eletroeletrônicos “sem marca” que se vende nas grandes metrópoles brasileiras! Tenho um celular chinês equipado com algumas funcionalidades(Mp10) que está comigo à 2 anos e nunca falhou, não obstante algumas pessoas terem me advertido à época que o aparelho não duraria 3 meses! Pretendo substituí-lo no final do ano por um smartphone(Mp30) mais encorpado, e o preço dos aparelhos de marca chinesa são muito mais atrativos que os tradicionais coreanos(Samsung, LG) americanos e europeus. Estes aparelhos são cópias muito boas de tecnologia ocidental, e provavelmente devem causar um prejuízo enorme para as grandes multinacionais, com a concorrência acirrada pelos consumidores ávidos por produtos baratos. Provavelmente nem pagam impostos no país, tudo contrabando!
Caro Aluson do Rosário Junior,
Obrigado. A maioria dos equipamentos das marcas internacionais são montadas na China.
Paulo Yokota