Desenvolvimento Tecnológico Pós-Silício
9 de agosto de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: eletrônica orgânica, iniciativas da Universidade de Yamagata | 2 Comentários »
Notícias sobre eletrônica orgânica costumam aparecer no noticiário internacional. Agora, o conceituado jornal japonês Nikkei apresenta uma detalhada proposta da Universidade de Yamagata, onde o professor Shizuo Tokito, especialista na próxima geração de display, comanda o projeto. Ele veio dos laboratórios de Ciência e Tecnologia da NHK, tendo estudado na Universidade da Califórnia com o Prêmio Nobel de Química, professor A.J.Heeger. O programa inclui o organic solar cells, o organic transistors e o EL – organic electroluminescence, pretendendo desenvolver a tecnologia posterior ao uso do silício.
Estão juntando uma equipe de pesquisadores de nível Prêmio Nobel, como o professor Junji Kido, famoso por ter desenvolvido o white organic EL. Pretendem em cinco anos contar com a tecnologia para colocar em uso o display flexível, com custo competitivo, chegando até o papel eletrônico.
A Universidade de Yamagata conta com forte suporte governamental, incluindo a assistência da Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia. Com todo o apoio das facilidades da Universidade, inclusive em pessoal de pesquisa, conta com um orçamento adequado para o desenvolvimento da eletrônica orgânica.
Eles pretendem contratar o professor S.Sariciftci, uma autoridade mundial neste setor, que trabalha atualmente na Universidade de Johannes Kepler, de Linz, na Áustria. Também contam com o professor Yang Yang, da Universidade da Califórnia, e do professor C.W.Tan, da Universidade de Lochester, nos Estados Unidos. Três pesquisadores taiwaneses, de alto nível, também já foram contratados.
Contrataram, também, o professor Shuji Nakamura, que inventou o blue light-emitting diode, atualmente da Universidade da Califórnia.
Yoshihiro Oba, dean da Faculdade de Engenharia da Universidade de Yamagata, afirma que o projeto os coloca na vanguarda das pesquisas de eletrônica orgânica, numa colaboração governo-indústria-academia.
Este é um exemplo que deve ser perseguido pelo Brasil, por exemplo, na consolidação da tecnologia para exploração do petróleo em águas profundas.
Prezado Dr Paulo. Nao seria silicio ao inves de silicone?
Caro Daniel,
Correto. Desculpe-me pela falha.
Paulo Yokota