Novas Iniciativas da Klabin
28 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: condições naturais favoráveis, novas tecnologias, setor competitivo
Se existe um segmento industrial onde o Brasil hoje é altamente competitivo no mundo, trata-se do papel de celulose. Muitas inovações vieram sendo introduzidas desde a época em que o “pinus” mostrou-se mais eficiente que as florestas da Escandinávia para a produção de celulose. O eucalipto, que era considerado como produtor de fibras curtas, de baixa qualidade, acabou-se revelando adequado para as condições naturais do país, em muitas regiões de solos pobres, atendendo parte substancial do mercado de papéis.
Mas o mercado mundial continua se sofisticando, apresentando novas demandas. E a Klabin, uma grande produtora brasileira de papel e uma importante fornecedora da Tetra Pak, a maior produtora de embalagens para alimentos líquidos, passa a produzir papel cartão para esta finalidade. Muitas inovações desta natureza devem continuar a ocorrer no futuro, para continuar a elevar a eficiência do setor.
O jornal Valor Econômico, num artigo da Stella Fontes, noticia também que a Klabin lança-se para uma nova fase de inovações na produção florestal. Além da celulose, com o “uso múltiplo da floresta”, lança-se no “programa de fitoterapia, apicultura, recuperação dos resíduos sólidos, da água e do vapor, utilizados e gerados no processo produtivo, e de uso de galhos e folhas extraídas da madeira”. Visa um projeto de sustentabilidade do seu complexo.
Na realidade, as florestas de “pinus”, como de eucaliptos, tendem a ser monótonas, com extensas áreas divididas para transportes e redução dos riscos de incêndios, extremamente vigiadas, quando há conveniência de manutenção da biodiversidade regional. Áreas de preservação dos mananciais podem e devem ser aproveitadas para tanto.
Para manter a competitividade no mundo, as empresas deste setor devem continuar com o seu processo de inovações, até para substituir materiais prejudiciais ao meio ambiente, como os plásticos de origem petroquímica.
Não se pode descansar sobre os louros conquistados, pois outros concorrentes mundo afora também estão utilizando todas as possibilidades da biogenética para elevar sua eficiência. O Brasil já acumulou um importante cabedal no manejo das florestas, e deve continuar nas suas pesquisas, pois a celulose e o papel vão continuar a descobrir novos usos.