The Economist e Seus Artigos Sobre o Brasil
24 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: artigos sobre o Brasil, considerações equilibradas, revista importante no mundo
The Economist é considerada uma das revistas mais influentes no mundo, pela qualidade dos seus artigos, sendo ligada à consagrada London School of Economics. Tem publicado muitos artigos sobre o Brasil, talvez por considerar um dos países do grupo BRICS de dimensões apreciáveis, com grande potencial. Até porque até hoje o seu crescimento foi modesto quando comparado com a China e a Índia, também participantes deste grupo, e vem conquistando boas condições para um desenvolvimento sustentável, mesmo com seus problemas que são usuais nas economias emergentes.
Na edição desta quinta-feira, publica novamente alguns artigos que merecem a atenção de todos. Um se refere ao declínio do desmatamento na Amazônia, que comparado com 2004 reduziu-se a cerca de um quarto, mesmo considerando a seca que assola a região. Mesmo que ecologistas e a opinião pública brasileira ainda considerem que o esforço é insuficiente, analistas internacionais ponderados pensam que o país vem adotando medidas relevantes. Principalmente quando comparado com a devastação provocada no passado pelos países considerados hoje desenvolvidos, que relutam em arcar com os custos da manutenção das reservas florestais.
Capas do The Economist sobre o Brasil e foto de queimada na Amazônia, que ilustra a matéria sobre o desmatamento na região
O The Economist chama a atenção também sobre a empresa brasileira Vale, que é importante no mundo da mineração, principalmente de minério de ferro. Como ela está atuando internacionalmente, entrando em países africanos e até na China e na Mongólia, acaba chamando a atenção da opinião pública.
A empresa, como estatal, já tinha estabelecido o mais formidável sistema logístico, que a habilitou a exportar minérios para o outro lado do mundo, começando pelo Japão, estendendo-se para a Coreia e hoje é importante na China. Poucos possuem o conhecimento de que ela foi a grande inovadora, influenciando outros países como a Austrália, a Índia, e importantes fornecedores mundiais. Privatizada, ficou mais agressiva, estendendo suas atividades para novas áreas.
Um outro artigo do The Economist refere-se à participação brasileira no esforço internacional pela paz, como no caso do Haiti. Esqueceram de mencionar que o Brasil já participou do esforço da ONU no Timor Leste, em missões semelhantes, tornando-se um país ativo na área internacional, mesmo nas questões de segurança.
Se já existe um grande interesse internacional em investimentos no Brasil, tudo indica que estas opiniões importantes devem aumentar ainda mais estes interesses, ajudando a acelerar o desenvolvimento brasileiro.