Turismo de Estrangeiros em Beijing
24 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: fluxo de turistas estrangeiros, pontos de atração, suplemento da Folha de S.Paulo
Hoje, a China está na moda e muitos turistas esperam poder conhecer aquele imenso país continental, mas o que só pode ser feito em etapas. A Folha de S.Paulo apresenta hoje um suplemento esforçado, com um enviado especial, Pedro Carrilho, notas do correspondente local, Fabiano Maisonnave, aproveitando algumas anotações da artista plástica Carla Caffé.
A tarefa de apresentar somente Beijing, a capital, já é hercúlea, pois todas as dimensões chinesas apresentam poucos paralelos no ocidente. Existem pontos imperdíveis que não foram explorados no suplemento, como a Cidade Proibida e a Muralha da China, que podem ser visitadas com um mínimo de esforço. Como ressaltado no suplemento, Beijing, como toda a China, continua num rápido processo de mudanças difíceis de serem captadas numa só visita.
Ninguém, visitando a China, pode perder a oportunidade de constatar a grandiosidade da Cidade Proibida, monumento do período Imperial da China. Uma verdadeira cidade estava dentro dos seus monumentais muros, e dão uma ideia da riqueza passada daquele país que está voltando a ser o País do Meio, influenciando todo o resto do mundo. Imortalizada em filmes, é preciso sentir a grandiosidade da obra, com seus espaços imensos.
A Muralha da China é considerada a única obra humana observável do espaço pelos astronautas. Perto dos principais hotéis utilizados pelos turistas, é uma visita imperdível, para constatar o que ainda existe e está sendo reconstruído. Percorrer mesmo que um pequeno trecho desta muralha, dá uma pálida idéia da capacidade deste país, ainda que tenha passado por períodos de guerras internas e externas, e que volta hoje com energia total, até assustadora.
Muitos outros palácios estão disponíveis para aqueles que desejam conhecer realmente a China e todas as suas riquezas, mas é preciso tempo, uma temporada, pois não é coisa para alguns dias.
As largas avenidas e praças, antes ocupadas somente por enxames de bicicletas, hoje coalhadas de veículos, o processo de destruição das moradias populares, pelas novas construções, inclusive de obras arquitetônicas que impressionam o mundo, não podem deixar de ser observadas. A rica culinária chinesa, com as suas influências regionais, e com “fusion” com outras boas do mundo deve ir além do “Pato de Peking”, advertido que alguns aromas são estranhos para os ocidentais. Os que estiverem mais dispostos não podem perder um banquete completo, constituído de dezenas de pratos.
Ainda é possível encontrar nas lojas da cidade, alguns artesanatos chineses, como os imperdíveis tapetes de seda, que podem consumir o trabalho de uma vida de uma tecelã. Ou antiguidades, sabendo que os mais de 150 anos estão proibidos de sair para o exterior.
Para se conhecer a alma chinesa, é preciso ter um pouco de tempo e espírito de aventura. Os chineses, confiantes nas suas dimensões, longa história e profunda cultura, discutem abertamente inclusive os seus problemas internos. Não é tarefa para poucos dias, devendo-se evitar a maratona de visitas por muitas cidades, que só permitem conhecer superficialmente os aeroportos e os hotéis, que pouco diferem em todo o mundo.