Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Economia da Índia no The Economist

5 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: democracia, demografia, empresários, fatores positivos na Índia, título no The Times of India

O jornal The Times of India publicou uma matéria com o título “A Índia logo começará a ultrapassar a China: Economist”, que dá um sentido dúbio. Verificando os artigos originais, constata-se que The Economist chamou a atenção sobre alguns fatores que ajudam a Índia a ter uma taxa de crescimento maior que a chinesa no futuro, que em 2010 deve crescer 8,5% ao ano.

Chama a atenção para o “dividendo demográfico”, pois a população hindu continua crescendo e sua estrutura demográfica é mais jovem que a chinesa. Para a democracia indiana que, segundo o The Economist, deve favorecer a sua economia. Para o seu setor privado que é mais vigoroso que o setor público. O seu capitalismo é formado por milhões de empresários. E a Índia vem executando reformas econômicas importantes. Mas também comenta a confusão que está sendo os atuais Jogos da Commonwealth sediada pela Índia, que envolve 72 nações, além de todas as dificuldades daquele país.

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Não há dúvidas que a Índia atual apresenta muita pobreza, e que sua população cresce rapidamente, devendo chegar próxima à chinesa nas próximas décadas. E a demografia é sempre muito importante para o crescimento econômico, e na Índia se conta com mais jovens que na China. Vem enfrentando os seus problemas de forma brilhante, com um crescimento que se acelerou.

A importância da democracia é uma posição ideológica do The Economist, que reconhece que o autoritarismo pode facilitar o desenvolvimento nas fases iniciais, como vem ocorrendo na China que, segundo a revista, está dominado pela falta de transparência e pela censura. Mas admite que, no momento, muitos empresários estrangeiros preferem se instalar neste país que na Índia.

Alguns analistas entendem que a China vai acabar enfrentando alguns problemas para manter o seu crescimento, enquanto a Índia conta com potencialidades, com grandes empresas privadas. As universidades indianas são consideradas melhores, por enquanto, mas nota-se que as chinesas também estão melhorando a sua qualidade.

Existem alguns problemas na Índia, como a corrupção e a diversidade de situações políticas em muitos dos seus distritos, que apresentam instabilidades preocupantes. Os governos em ambos os países estão concedendo maiores liberdades para os seus empresários, reconhece o The Economist.

Qualquer que seja o futuro destes dois gigantes emergentes, não há dúvida que ganham importância no cenário internacional, aumentando o seu poder político, pois também são potências atômicas. Eles exigem grande empenho de países como o Brasil para acompanhar o seu ritmo.