Suplemento do Valor Econômico Sobre a Biodiversidade
15 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: biomas brasileiros, complexidade das questões e negociações, documento do Valor Econômico, reunião COP 10 em Nagoya neste mês
O jornal brasileiro Valor Econômico apresenta hoje um suplemento de vital importância. Ele fornece amplas informações em português e inglês, visando compreender as complexas questões que estão sendo negociadas em Nagóia, no Japão, de 18 a 29 de outubro. No chamado COP 10, delegações de 193 países participarão da 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica.
Segundo a nota inicial do documento, os grandes detentores de biodiversidade, em geral países pobres ou em desenvolvimento como o Brasil, colocam na mesa seu capital natural e a preocupação de garantir o crescimento econômico em bases sustentáveis. Os mais ricos acenam com capital, tecnologia e grande interesse em ter e preservar o acesso a recursos naturais com amplo potencial de negócios.
Nas reuniões preparatórias, o Brasil tentou uma posição comum dos países emergentes, mas tudo indica que está muito difícil se obter um consenso. Há um risco de retrocesso nas negociações, e membros da delegação brasileira entendem que metas para proteger as áreas naturais devem estar associadas a recursos novos e adicionais para os países que os detêm. Sem um entendimento global, a tendência brasileira é bloquear o consenso sobre o clima que deverá ocorrer em Cancun, no México, em novembro próximo.
Os empresários brasileiros efetuam uma aliança para preservar o patrimônio nacional, pois contam com bons exemplos para uma exploração sustentável da mais ampla biodiversidade do planeta. O suplemento apresenta uma ampla descrição dos biomas existentes no país: a Amazônia, o Pantanal, o Cerrado, a Mata Atlântica, os Pampas, a Caatinga e a Zona Costeira Marítima. Estes biomas possuem a mais ampla variedade de árvores, mamíferos, peixes e aves, além de um incontável número de micro-organismos, a mais gigantesca quantidade universal de DNAs, ainda precariamente conhecidos.
As pesquisas ainda são tímidas diante da grandiosidade da biodiversidade que o Brasil dispõe, e muita pirataria ocorre, infelizmente, além da destruição de parte deste patrimônio natural. As potencialidades do seu aproveitamento, não só econômico, são imensuráveis, em benefício de toda a humanidade.
Mas há que se construir mecanismos adequados para a exploração sustentável, mobilizando os recursos internacionais disponíveis para a preservação do meio ambiente, com regras acordadas coletivamente.
O suplemento ajuda a levantar parte dos problemas existentes, sobre os quais todos nós precisamos estar conscientes.