Universidade de Keio Desenvolveu Tela 3D Gigante
19 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: demonstração efetuada no Japão, para medicina e esportes, tela gigante em 3D
O jornal Nikkei anuncia que o professor de Ciência e Tecnologia da Universidade de Keio Yasuhiro Koike fez demonstração com uma gigantesca tela que permite a transmissão em alta definição de imagens em terceira dimensão. O protótipo tem a dimensão impressionante de 150 polegadas e ele espera que seja utilizado na medicina e nas transmissões esportivas, devendo ser comercializado no futuro mediante entendimentos com a Toshiba, Asahi Glass e Mitsui Chemical.
A transmissão foi feita por fibra óptica do campus Hiyoshi, da Universidade de Keio, em Yokohama, para o National Museum of Emerging Science and Innovation em Tóquio, a uma distância de aproximadamente 50 quilômetros. O professor Yasuhiro Koike conversou na transmissão com o conhecido astronauta japonês Mamoru Mohri, diretor chefe executivo do Museu.
Mamoru Mohri, à direita, em um aperto de mão virtual através da TV de tela grande
A demonstração utilizando a fibra óptica tinha a velocidade de 10 gigabites por segundo, 10 vezes mais rápida do que é usual na internet doméstica no Japão. Foi efetuada em 2D, mas paralelamente foi apresentado um vídeo previamente filmado com o astronauta Mamoru Mohri em 3D, que exige um vidro especial na tela a ser utilizada. Mas informam que as TVs usuais em 3D de LCD poderão utilizar o sistema.
O professor Yasuhiro Koike espera desenvolver o sistema para ser utilizado na telemedicina, com diagnósticos e operações efetuados à distância com o uso de robôs. Também o diagnóstico acurado do câncer, com a ampliação das dimensões das células, poderá ser obtido com o uso deste sistema. Ele espera que o mesmo seja utilizado no hospital da Universidade de Keio, bem como outros.
Mediante o uso de plásticos de alta performance para materiais ópticos, o professor espera que o brilho e a luz nas telas sejam dobrados, produzindo imagens de alta qualidade. Ele e sua equipe encontraram um meio de transmitir os sinais ópticos com o controle dos ângulos em que a luz é refletida, superando as dificuldades encontradas nas transmissões por plástico.
A sua tecnologia permite a transmissão em 40 gigabites por segundo, ou seja, um filme todo pode ser transmitido em segundos. É interessante constatar que avanços deste tipo estão sendo obtidos em centros de pesquisas de universidades privadas para posteriormente serem utilizadas pelas empresas para fins comerciais.