O Luxo em Alguns Países Emergentes
15 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: Brasil, China, distribuição de renda, Índia, revistas especializadas | 2 Comentários »
Lamentavelmente, o processo de desenvolvimento acelerado da economia é acompanhado, na maioria dos países, por uma maior concentração da renda, como acontece na China e na Índia. O Brasil é uma honrosa exceção em decorrência dos resultados atingidos pelo governo Lula da Silva, que se concentrou na melhoria da distribuição de renda, com a substancial melhoria da situação das camadas mais pobres, ainda que os extremamente ricos tenham se beneficiado dos elevados juros e lucros financeiros, que estão entre os mais altos do mundo.
Algumas revistas brasileiras, como a Veja São Paulo, Edição Especial, com o seu Almanaque do Luxo, trazem informações impressionantes sobre os consumidores que chamam de AAA. Outras como Wish e especializadas em clientes de determinadas ruas que concentram lojas voltadas aos consumidores de altíssimo poder aquisitivo de São Paulo apresentam apreciáveis anúncios de produtos de luxo internacional. A Folha Online postou matéria sobre a expansão das lojas das grandes grifes nesta Capital. Para estas camadas parece que as dificuldades econômicas não existem.
Capa da Revista Wish e da edição especial de Veja São Paulo, Almanaque do Luxo
A edição especial da Veja São Paulo traz alguns dados estatísticos, com base em diversas fontes, mostrando que a classe considerada A, B e C chegou a 34 milhões de brasileiros entre 2003 a 2008 e que se espera acrescentar outros 30 milhões até 2015. Seriam milionários 147.000 brasileiros, sendo que 45% consumiriam mais de R$ 10.000,00 mensais de produtos considerados de grife. Além daqueles que consumem substancialmente no exterior.
Ainda que os brasileiros considerem os hindus e chineses pobres, as estatísticas mencionadas nesta revista informam que é de 51% o crescimento atual de milionários da Índia, sendo que sua classe média seria de 400 milhões até 2020, quatro vezes superior a atual. Até 2025, estimam que os que pertencem a classe AAA naquele país consumirão mais de US$ 67 bilhões.
Na China, eles estimam que em 2025 os chineses consumirão US$ 328 bilhões, ou seja, 33% do mercado mundial de produtos de luxo. 477.000 chineses possuem hoje mais de um milhão de dólares, cerca de 30% a mais que em 2008. Neste segmento de produtos de luxo, devem consumir em 2010 cerca de US$ 15 bilhões.
Estes dados estariam baseados em fontes como a Trading Economics, PwC, Goldman Sachs, Magram Market Research, A.T.Kearney Retail Development, Merril Lynch, Institute of South Asian Studies, Deutsche Bank Reserch e Euromonitor, bastante usados pelas empresas, ainda que não apresentem a confiabilidade das estatísticas oficiais. Mas refletem o que é o constatado por estudiosos de alto nível, mostrando que a China e a Índia vêm crescendo rapidamente, inclusive nos níveis mais privilegiados da população, mais que no Brasil.
As empresas de todo o mundo voltados para estes consumos de luxo procuram aproveitar este mercado, mas há poucas notícias que as brasileiras estejam também envolvidas neste segmento de elevada rentabilidade.
gostei muito de pesquisar
Cara Veronica Ferreira da Silva,
Muito obrigado pelo seu comentário.
Paulo Yokota