Etanol Para a Indústria Química
14 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: Cosan, deslanche, etanol para a indústria química, Expo Tsukuba 85 | 2 Comentários »
Já em 1985, na Expo Tsukuba 85, o Pavilhão Brasileiro apresentava como tema o uso do hoje conhecido como etanol, que na ocasião ainda era simplesmente álcool. O Brasil começava a utilizar automóveis movidos por álcool e já se esperava que a petroquímica, baseada numa matéria-prima finita, seria ainda que em parte substituída pela alcoolquímica, utilizando matérias-primas renováveis e menos poluentes.
Num entrevista publicada pelo Valor Econômico, o presidente Pedro Mizutani, da Cosan Açúcar, Álcool e Energia, explica que o álcool para a indústria química está cada vez mais competitivo com o destinado como combustível de veículos. Tudo começou em escala industrial com a Braskem, depois das pesquisas iniciadas pela Coopersucar, voltado para a produção de polietileno, que está sendo abastecido pela Cosan que conta com 23 usinas em operação.
O presidente da Cosan Açúcar e Álcool (CAA), Pedro Mizutani
Agora, a Dow Chemical e a Solvaz Indupa passam a ativar suas unidades para produzir resinas verdes, esta última para produzir PVC verde. Segunda Única, organização que congrega as usinas paulistas, o mercado de álcool químico pode chegar brevemente a 2,5 a 3,0 bilhões de litros. Os países asiáticos e europeus são os principais mercados.
Todos os grupos estrangeiros que estão envolvidos com a produção do etanol, inclusive a japonesa Mitsubishi, cogitam participar deste mercado, com a crescente demanda de produtos chamados verdes, que, além de utilizarem matérias-primas renováveis, podem ser destinadas às produções de plásticos biodegradáveis. Os custos ainda exigem preços elevados de petróleo, algo em torno de US$ 80 por barril, mas o mundo está cada vez mais consciente que esforços necessitam ser efetuados para melhor convivência com o meio ambiente.
Pode-se afirmar que as iniciativas pioneiras do Brasil, depois de décadas, parece entrar numa fase de intensa realidade, onde os aumentos de eficiência ainda apresentam amplas margens para tornarem estes produtos cada vez mais competitivos.
Excelente!
Cara Fernanda,
Obrigado pelo comentário.
Paulo Yokota