Acirrada Competição Chinesa nos Trens Rápidos
11 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: atuais dados de construção da China, fusão das empresas chinesas, preparo para a competição internacional
Um dado estatístico de construção da China que assombra todos os competidores internacionais, como a Bombardier, Alstom, Siemens e a Kawasaki Heavy, é o do setor de trem rápido. Em 2010, já completaram 8.358 quilômetros de linhas de trens rápidos implantadas em território chinês, devem atingir 13.000 em 2012 e mais de 16.000 quilômetros em 2015. Atualmente, estão divididas em duas estatais: a CNR – China North Locomotive and Rolling Stock Corp e a CSR – China South Locomotive and Rolling Stock Corp que cogitam fundir-se numa, visando competir nos mercados externos. As autoridades chinesas ainda não deram o sinal verde, esperando que as duas continuem competindo entre elas no mercado chinês, onde atendem em conjunto 90 por cento da demanda. Mas continuam dando todo suporte necessário.
Um artigo de Jamil Anderline, do Financial Times, proveniente de Beijing e publicado no Nikkei, fornece as informações detalhadas, como a meta de aumentarem suas rendas operacionais nos próximos cinco anos para cerca de US$ 22,7 bilhões. Sabidamente, estes dois jornais são responsáveis, não se tratando de propaganda oficial.
O artigo informa que eles já possuem projetos no exterior para Burma, Tailândia e Laos e estão preparando para as concorrências de oito possíveis linhas nos Estados Unidos. Informações paralelas dão conta que seus custos são bem abaixo dos cogitados para o Brasil, mesmo em áreas topográficas complexas, envolvendo muitos túneis e viadutos.
Este site tem informado que os chineses, a partir de tecnologias adquiridas do exterior, acabaram desenvolvendo as suas próprias com maior capacidade de velocidade. Todos os especialistas em obras de infraestrutura sabem que estas tecnologias acabam se aperfeiçoando na medida em que os projetos são executados. Dependem diretamente do volume das linhas que estão implantando, e estão fazendo dentro das condições mais diversas, tendo começado na região mais populosa e agora se dirigem para o centro sul do país, em regiões até montanhosas.