Cooperação da Coreia com a Índia
31 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: abertura para os estrangeiros, problemas ambientais, usina da Posco coreana na Índia
Existe uma constante discussão em todo o mundo sobre as compatibilizações das necessidades de desenvolvimento com os cuidados ambientais, envolvendo agora a Índia e a Coreia. Um artigo da jornalista Alexandra Stevenson publicado no Financial Times informa que a gigantesca Posco coreana conseguiu um novo avanço na Índia, para a instalação da usina siderúrgica que implica em US$ 12 bilhões de investimentos no estado de Orissa, na Índia, com uma autorização provisória.
A Índia projeta uma grande necessidade de produtos siderúrgicos e existem alguns projetos importantes da ArcelorMittal, Tata Metaliks e JSW Steel, e as preocupações ecológicas estão crescendo também naquele país. Evidentemente, do ponto de vista industrial existem hoje tecnologias para evitar poluições, mas que implicam em investimentos pesados. Uma grande siderurgia acaba provocando impactos ambientais amplos em muitos setores, mas os indianos possuem recursos humanos competentes para fazer face a todos estes problemas.
Logotipo da Posco em sua sede, em Seul
Estes problemas das licenças ambientais estão ocorrendo em todo o mundo, e as autoridades estão preocupadas na compatibilização das duas necessidades. É claro que existem diferenças de entendimentos entre os ambientalistas, mas também os que necessitam de projetos industriais estão conscientes das necessidades de preservação do meio ambiente. Os investimentos adicionais com estes cuidados são substanciais, e muitos novos projetos acabam sendo tão cuidadosos como alguns hospitais.
Visitando algumas usinas de lixo na Ásia não se consegue distingui-las com laboratórios. Mesmo alguns projetos como Carajás, na Amazônia brasileira, surpreendem os mais exigentes analistas ambientais com os cuidados adotados.
Por mais cuidado que se tome com o meio ambiente, sempre haverá uma controvérsia sobre o assunto. Os dados gerais mostram que o desenvolvimento, lamentavelmente até o momento, está implicando no lançamento de resíduos poluentes. Mas deve-se reconhecer que muitos esforços estão sendo efetuados nas pesquisas, e que os novos projetos conseguiram reduzir os inconvenientes aos padrões aceitáveis, com pesados investimentos.
Colhe-se a impressão que dezenas de anos de debates sobre o assunto provocaram avanços, havendo uma consciência generalizada sobre os cuidados indispensáveis. Muitas outras fontes de poluição mais graves precisam ser atacadas e os entendimentos internacionais sobre as metas globais e por país precisam ser estabelecidas, ainda que existam substanciais resistências mesmo dos países industrializados.
Na Ásia, como um todo, tudo indica, está havendo avanços substanciais, constatáveis por aqueles que visitaram diversas regiões ao longo de muitas décadas. Que existem providências a serem tomadas adicionalmente, não há dúvidas.