Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Indianos Estão Chegando ao Brasil

29 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: baixo intercâmbio Brasil-Índia, pode aumentar o conhecimento recíproco, promoção indiana | 4 Comentários »

Segundo nota distribuída pela Confederação das Indústrias Indianas, eles estão tomando a iniciativa de promover em São Paulo, entre 11 a 14 de março próximo, a feira The India Show. O volume de exportação da Índia para o Brasil em 2010 foi de US$ 4,2 bilhões, contra US$ 3,4 bilhões de importação, cifras insignificantes quando consideradas as importâncias que ambas as economias emergentes estão ganhando no mundo.

O evento deverá reunir 100 das mais importantes empresas da Índia, destacando-se os três gigantes da área de óleo e gás, Bharat Petroleum, Hindustan Petroleum e a Oil India. O evento será aberto pelo ministro indiano de indústria e comércio, Anand Sharma, e envolverá empresas de engenharia e tecnologia, como o conhecido Tata Group, indústrias de autopeças, farmacêutico, têxtil e processamento de alimentos.

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Anand Sharma

Segundo a nota, que conta com o apoio do colunista da IG, Guilherme Barros, os principais produtos importados do Brasil pela Índia são o açúcar, petróleo, óleo de soja e aviões. As exportações da Índia são óleo diesel, fios de algodão e poliéster, combustível para aviação e vacinas.

A simples verificação destas informações mostra que os potenciais para aumento significativo do intercâmbio comercial entre os dois países são elevados. Mas é preciso levar em consideração que a Índia vem sendo assediada pelas principais economias do mundo, que estão descobrindo as potencialidades deste mercado que vem crescendo de forma estável nos últimos 30 anos, a uma taxa surpreendente, superior a 6% ao ano.

Iniciativa semelhante do Brasil naquele país torna-se urgente, pois temos noticiado neste site as visitas das autoridades chinesas, russas, inglesas, francesas programadas para o primeiro semestre deste ano, no seu nível mais elevado, seguindo-se o efetuado pelo Barack Obama. Os japoneses estabeleceram um ousado projeto de Delhi a Mombei, envolvendo o suporte governamental e a participação dos principais grupos privados.

Existem estimativas de credenciados analistas internacionais prevendo que Índia pode ultrapassar a China nas próximas décadas, do ponto de vista econômico, pois possui uma estrutura demográfica mais favorável.

Espera-se que iniciativas como estas se multipliquem reduzindo o nível de desconhecimento dos brasileiros sobre aquele gigante asiático que já conta com uma população superior a um bilhão de habitantes, com uma mão de obra qualificada e de baixo custo, competitiva nos mais variados segmentos da economia, notadamente no fornecimento de serviços relacionados à informática.


4 Comentários para “Indianos Estão Chegando ao Brasil”

  1. Jose Comessu
    1  escreveu às 10:56 em 30 de janeiro de 2011:

    Realmente, a Toyota vai aumentar em 30% a sua produção na terra dos marajás para produzir o Etios, que inclusive vai ser feito no Brasil também. A nota saiu no Nikkan Kogyo
    http://www.nikkan.co.jp/news/nkx0420110128aabc.html

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 11:16 em 30 de janeiro de 2011:

    Caro Jose Comessu,

    Na realidade está havendo um deslocamento de muitas atividades industriais de países industrializados para os emergentes que apresentam condições mais competitivas. Os mais desenvolvidos necessitam ajustar-se às atividades mais intensivas em tecnologia, o que não é nada fácil.

    Paulo Yokota

  3. Egregora
    3  escreveu às 22:18 em 30 de janeiro de 2011:

    É pura intuiçao, mas acho que o Brasil vai sair lucrando com alianças comerciais com a India.
    Lá o povo está revoltado com a perpetuação no poder, querem mudanças e isso é bom sinal. Estão se mantando, brigando mas vão resolver a questão.

  4. Paulo Yokota
    4  escreveu às 07:25 em 31 de janeiro de 2011:

    Caro,

    Dois paises emergentes que estão ganhando importância mundial só têm a lucrar com o incremento de suas relações. O estranho era que até o momento, infelizmente, o intercâmbio bilateral era relativamente baixo, mas certamente crescerá nos próximos anos. Temos muitas coisas que interessam reciprocamente.

    Paulo Yokota