Empresas Japonesas Tentam Fusões
4 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: Nippon Steel com a Sumitomo Metal, outros casos, tentativas de fusões para se manterem competitivas | 1 Comentário »
O importante jornal econômico norte-americano The Wall Street Journal como o japonês Nikkei noticiaram, observando a demora da operação, que as japonesas Nippon Steel e a Sumitomo Metal Industries anunciaram o plano de se fundirem até outubro de 2012. Estas siderúrgicas, que eram as mais importantes do mundo até algumas décadas passadas, precisaram tomar estas medidas para poder se aproximar da atual líder mundial indiana Acelor Mittal e competir com a chinesa Baosteel e a coreana Posco.
Estas fusões vêm ocorrendo ao longo da história econômica destes países. A Nippon Steel nasceu de uma fusão da Yawata com a Fuji no pós-guerra e, em 2002, a NKK (Nippon Kokan) fundiu-se com a Kawasaki Steel, dando origem a atual JFE.
Alguns analistas entendem que está voltando a se consolidar o antigo conceito de Japan Incorporation, com as empresas privadas atuando em conjunto com os governos, pois ela é uma realidade hoje vigente na China e na Coreia.
Que as escalas se tornaram relevantes no mundo globalizado, ninguém tem dúvida. Que a competição exige uma série de medidas eliminando duplicidades de serviços, como os relacionados com o marketing, também parece pacífico. Que existem sinergias nas pesquisas e desenvolvimento de novos produtos também parece pacífico.
As dificuldades existem nos grupos internos de interesses que existem nestas grandes organizações, que precisam ser acomodados com grande habilidade. Existem especialistas de antropologia organizacional que estudam as formas mais eficientes de acomodação destes interesses, que podem comprometer o futuro destas organizações, que tendem a possuir culturas próprias específicas.
O The Wall Street Journal é franco citando algumas fusões bancárias no Japão, de empresas de bebidas e lojas de departamento que não obtiveram sucesso. Neste sentido, observa que é preciso dar tempo ao tempo, não sendo recomendável tentar acelerar o tempo indispensável para estas complexas fusões.
Caro Carlos Silva,
Certamente haverá muitas fusões e incorporações. No caso das duas empresas citadas acredito que seja difícil pois possuem tradições bem diferentes.
Paulo Yokota