Esforço Privado Para Melhorar a Educação Pública na Índia
18 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: ajuda privada para melhorar a educação pública, o exemplo de Azim H. Premji
A Índia é um país com consciência de que conta com uma população jovem que é crucial para o seu desenvolvimento futuro, onde a educação era tradicional. Um milionário indiano, Azim H. Premji, de 65 anos, resolveu contribuir com sua Fundação Premji para o desafio de melhorar o seu sistema de educação pública, deixando de repetir o que era efetuado no passado. Os estudantes estão escrevendo as suas próprias histórias, organizando festivais religiosos e apresentando oralmente o que eles elaboraram, o que é usual no Ocidente, mas era raro na Índia.
Azim Premji, que resolveu colaborar com a educação pública na Índia
Para Azim Premji, não há maior prioridade na Índia do que preencher o potencial deste gigante emergente. Sua população bilionária é jovem, mais que a chinesa. 45% da sua população têm 19 anos ou menos. Os brilhantes jovens devem subir para o topo. No exterior, a imagem da Índia é o elevado número de seus profissionais bem educados, falando inglês. Mas há uma consciência na Índia de que não está se investindo o necessário em educação e os resultados indicam que seus estudantes não estão suficientemente preparados. Na China, o quadro é diferente.
Ele está doando parte de sua fortuna para melhorar esta situação, numa escala sem precedente na Índia. Muitos milionários que se beneficiaram do rápido crescimento hindu estão fazendo algo semelhante. Ainda que os resultados sejam lentos, sugerem que progressos estão sendo efetuados. A Fundação Premji ajuda onde os governos estão solicitando.
Eles desejam trabalhar também com as escolas privadas, mas entendem que as públicas necessitam mais de suas ajudas. A experiência vem mostrando que no passado a promoção era automática, mas agora os professores estão conscientes que os alunos estão tendo as suas iniciativas, mesmo escrevendo poesias e histórias. Não se trata de repetições, como era no passado.
No Brasil, existem muitos discursos afirmando que a educação é uma grande prioridade, mas poucos empresários estão efetuando doações para a melhoria do sistema, mas espera-se que observem o que está sendo feito em outros países emergentes.