Aumento dos Alimentos Prontos no Japão
17 de maio de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: aceleração do processo, aumento dos alimentos prontos no Japão, tendências mundiais | 4 Comentários »
O jornal Nikkei informa que no Japão também está se multiplicando as lojas de conveniência e supermercados que vendem pratos já preparados em pequenas porções, competindo com os produtos industriais empacotados, normalmente pelo peso. Esta tendência já se observava em outros países, até desenvolvidos, como nos Estados Unidos, onde muitos alimentos já prontos estão sendo vendidos nas lojas de coreanos, como do aglomerado Hyundai, existentes em quase todas as esquinas de Nova Iorque.
Com o aumento de pessoas que vivem sozinhas ou em pequenas famílias faz com que haja preferência pelos alimentos já prontos, de baixo custo, que economizam energia e tempo de preparo, ainda que sua qualidade não seja das melhores. No Brasil, multiplicaram os chamados “quilos”, pequenos restaurantes onde os alimentos são vendidos pelo seu peso, que os consumidores escolhem num bufê. Muitos casais de idosos preferem adquirir estes alimentos para ligeiras refeições em casa, que resultam em custos menores que a compra de vegetais e outros produtos para o preparo de pratos em suas residências.
Esta tendência está aumentando as lojas de cadeias no Japão, como a Aeon Co. que oferece cerca de 20 pratos preparados pela Origin Toshu Co., da Lawson Co., que fornece o serviço em 3.000 de suas lojas, e a Ito-Yokado Co., que já oferece cerca de 200 diferentes pratos. Eles informam que estas vendas estão crescendo de 20 a 40% ao ano.
No Japão, sempre houve lojas de departamentos que vendiam muitos produtos semipreparados ou prontos, normalmente nos seus subsolos, para serem levados para casa. Mas ainda não eram refeições completas, que começam a se multiplicar.
No Brasil, até lojas de grande luxo oferecem alguns pratos preparados com grande esmero como em famosas rotisseries, mais voltados para eventos especiais, que utilizam receitas adquiridas de chefs que atendem festas e recepções, como o hoje famoso supermercado Santa Luzia ou Santa Maria, em São Paulo. Mas estes produtos são vendidos em pequenas quantidades, atendendo uma clientela mais exigente.
Observa-se, portanto, uma tendência internacional de praticidade nos hábitos alimentares, pois as antigas donas-de-casa estão se reduzindo, com o emprego das mulheres em atividades profissionais. Estes alimentos diferem dos fast foods, por apresentarem uma qualidade melhor.
Reconheço a praticidade dos alimentos prontos, mas sempre que possível, faço questão de preparar os meus próprios pratos. Este excesso de praticidade da vida moderna, faz com que as pessoas não aprendam nada de novo e se acomodem. Tenho amigos que só sabem fritar ovo e preparar miojo. Nada mais.
Causa-me júbilo fazer macarronadas, ensopados, peixes assados, saladas, salgados etc. para os meus filhos, marido e amigos. Tudo é feito com higiene, com ingredientes frescos e, mormente, com MUITO AMOR. Não penso em faturar pecúnia, mas apenas em levar alegria para quem aprecia as minhas receitas.
Às vezes, perdemos tempo com programas de fofocas, BBB, novelas inúteis, filmes violentos, futebol etc., mas aproveitar a vida para aprender algo novo, como cozinhar, muitos não querem. Lamentável!
Cara Vanessa,
Obrigado pelos comentários e V. tem inteira razão. Nada como uma boa refeição, feita com muito amor, e partilhada com os entes queridos. Lamentavelmente, muitos estão perdendo estas alegrias imensas que a vida nos proporciona.
Paulo Yokota
O último comentário do economista Paulo Yokota demonstra que ele é um homem hodierno e cavalheiresco.
Cara Juliana Gomes,
Muito obrigado pelo seu comentário. Esforço-me, mas me falta talento para atender toda a sua expectativa.
Paulo Yokota