Empresas Japonesas Com Foco na Onda Verde
31 de maio de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: aproveitando as dificuldades, foco na onda verde, objetivo do conjunto de empresas | 10 Comentários »
O jornal econômico Nikkei publicou um artigo informando que um grupo de empresas japonesas anunciou que o foco de seus negócios está na onda verde. Ele pretende construir cidades limpas, inteligentes, utilizando tecnologias sofisticadas voltadas à preservação do meio ambiente. Estas cidades amigas da ecologia utilizarão redes inteligentes e outras tecnologias para o uso eficiente da energia, reduzindo os impactos ambientais das comunidades de residências.
Fazem parte deste grupo de empresas a Panasonic, a Nippon Steel e a Toyota, entre outras. A Panasonic construirá um conjunto de mil casas numa área onde se localizava uma de suas unidades industriais. A Nippon Steel e a Toyota também iniciaram projetos para construir cidades inteligentes, amigas do meio ambiente, em cooperação com outras empresas e industriais.
Smart Town da Panasonic e oito outras empresas em Fujisawa, na Prefeitura de Kanagawa
Depois dos recentes desastres naturais, está havendo um novo ímpeto para fazer com que as cidades sejam mais sustentáveis ecologicamente. A necessidade de economia de energia encorajou as empresas a produzirem sistemas inteligentes com tecnologias para assegurar um fornecimento estável de energia. Muitas destas empresas estavam se empenhando na exportação de usinas nucleares, cuja demanda deverá se reduzir, como já se decidiu na Alemanha. Agora se voltam ao desafio desta alternativa para produzir equipamentos limpos para novas cidades.
As discussões sobre o assunto já estão em andamento, pois muitos países estão se voltando para projetos de cidades amigas do meio ambiente. De acordo com algumas estimativas, a demanda global de tecnologias deste tipo deve atingir cerca de 37 trilhões de dólares norte-americanos em 2030. As empresas coreanas já estão próximas das japonesas para produzirem painéis solares, tanto em termos de custo como de tecnologia.
Os japoneses devem trabalhar com sistemas integrados de serviços em vez de produtos isolados. Os norte-americanos propuseram trabalhos conjuntos com esta finalidade. Os japoneses devem dispor de tecnologia de ponta para estes objetivos. Neste sentido, a Toshiba adquiriu a maior produtora de medidores inteligentes que monitoram constantemente os usos de energia numa residência.
Muitas empresas japonesas deverão promover aquisições e fusões para se manterem competitivas no mercado internacional, segundo o jornal Nikkei.
Este artigo demonstra, claramente, que é possível imaginar um futuro sem usinas nucleares. Como um dos maiores produtores de tecnologia do mundo, o Japão provará, mais uma vez, que é um país diferenciado.
Caro Lucas Capez,
Muito obrigado pelo comentário. Todos esperam que as empresas japonesas consigam atingir estes objetivos.
Paulo Yokota
Em SP está acontecendo um forum de prefeitos de metrópoles, cujo tema é sustentabilidade.
E quem sentou “na janela”foi a Nissan, com o Leaf como carro oficial.Nos EUA, com subsídios do estado, o preço está próximo dos carros convencionais.Em Londres a prefeitura cederá tomadas na região do centro.
Esse carro tem tudo pra ser o iPad dos automóveis,vamos ver!
Carlos Ghosn dando as cartas, de novo.
Caro Raphael,
Mesmo que nós brasileiros estejamos dando força para os autos movidos pelas biomassas, com enfase no etanol, a realidade mundial está tendendo a dar maior prioridade para os carros elétricos, que precisam ser mais econômicos. A geração de enegia elétrica não poluente está avançando, mas na matrix energética projetada ainda os combustíveis fosseis ocupam a percentagem mais elevada. Está se desenvolvendo combustíveis menos poluentes e veículos que visam o mesmo objetivo, em todo o mundo.
Paulo Yokota
A minha admiração pelo Japão só aumenta, quando leio matérias como esta.
Senhor Yokota, muito obrigada! Bom dia!
Cara Ana Paula,
Acredito que além do Japão muitos outros países estejam fazendo esforços no mesmo sentido. Para os japoneses trata-se de um problema crucial, pois habitam um arquipélago, e precisam ampliar suas atividades internacionais.
Paulo Yokota
Parabéns Paulo… possuo 46 anos e também concordo que o Planeta é 1 berço de todos nós e é necessário (são), que nos unamos como irmãos, fraternos amigos, parceiros enfim para AUTO-SUSTENTAR (1) oferecer SUSTENTABILIDADES REAIS (2) e auxiliar no Desenvolvimento mais limpo e feliz para as pesoas (3) desacelerando problemas e otimizando felicidades. A Ásia é incrívelmente linda…o BRASIL maravilhoso….continue e conte conosco. Paulo, se tu tiver quem pode nos auxiliar no Plano de Produzir para os Chineses (etc) CARBONO+ possuo o SELO VERDE e 28 anos de experiência e Natureza e Gentes… abraço JC Bonatto
Caro Jose Carlos Bonatto,
Muito obrigado pelos comentários. Parece que está aumentando a consciência da necessidade de preservação do meio ambiente e vamos continuar ajudando no que for possível.
Paulo Yokota
Exatamente por ser um grande arquipélago, o Japão poderia fazer um uso mais intenso de resíduos do beneficiamento de pescados e de algas marinhas como fonte de energia. Os peixes brancos, por exemplo, concentram a maior parte da gordura corporal no fígado, o que facilita a extração para uso como matéria-prima de biodiesel. O cultivo de algas, que possam ser usadas tanto para a produção de biocombustíveis quanto na alimentação de peixes criados em cativeiro num modelo semelhante ao das haciendas marinas do Chile, também me parece uma alternativa condizente com a realidade japonesa.
Caro Daniel Girald,
Obrigado pelos seus comentários. Acredito que os japoneses estão estudando muito as algas. Quanto os resíduos de peixes, muitos são aproveitados no Japão para finalidades mais nobres, como a produção de rações. As novas tecnologias estão reduzindo substancialmente o uso de combustível, e não acredito que haja hoje falta de alternativas econômicas.
Paulo Yokota