Notícias Sobre a China no The Economist
23 de maio de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: artigos sobre a China, cadeias de lojas, cassinos em Macau, grupos locais, The Economist
O The Economist destaca duas notícias interessantes sobre a China mostrando que seu atrativo mercado atrai muitos grupos internacionais, mas são os internos que ainda dominam o cenário. O primeiro artigo refere-se às cadeias de varejo na China onde aparecem multinacionais como a Carrefour, Walmart e Tesco, mas são as Huaren Wanjia, Honggongshang, Haoyouduo e Wimart que dominam. Suas aparências não podem ser as melhores, mas seus preços são extremamente baixos.
O segundo artigo noticia sobre os cassinos de Macau, o antigo enclave português na China, que se transformou na Las Vegas daquele país. É o único lugar, por acidente histórico, onde o jogo se tornou legal.
O mercado chinês apresenta, ainda que atrativo para os grupos estrangeiros, problemas para eles, alguns relacionados às preferências chinesas pelas cadeias locais, tanto pelos hábitos existentes como por questões políticas das províncias. Existem grupos estrangeiros que tentam utilizar executivos com experiências em países emergentes como o Brasil, principalmente quando o problema inflacionário começa a se apresentar. Existem necessidades de flexibilidades que nem sempre os com experiências em economias desenvolvidas possuem, como a exagerada fragmentação da oferta.
É interessante notar que as cadeias japonesas não estão presentes na China, ainda que venham revelando interesse neste mercado. É preciso entender, também, que este mercado ainda está se estruturando, com diferenças regionais acentuadas, e uma logística difícil de ser operada eficientemente em termos nacionais.
No que se refere aos cassinos, há que se considerar que Macau foi tradicionalmente seu explorador, antes dos atuais arranjos com Hong Kong e este antigo enclave português. Eles possuem uma arquitetura especial, reluzente como o de Las Vegas, e o jogo sempre atraiu muito os chineses, mesmo antes do comunismo, onde a sorte faz parte da cultura.
Hoje, existe uma forte concorrência entre os grupos que possuem a concessão para a sua exploração, que proporciona uma boa receita para o governo. As facilidades de transporte estão atraindo novos grupos de chineses para tentarem a sorte em Macau, mas existe a dúvida se as autoridades chinesas acabarão autorizando a suas práticas como na ilha de Hainan, com finalidades de promoção do turismo.