Plano de Crescimento Estratégico do Japão
4 de maio de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: Nikkei com informações da agência Kyodo, plano de crescimento japonês | 2 Comentários »
O jornal econômico Nikkei anunciou que o Japão está revendo o seu plano de crescimento estratégico, considerando uma drástica mudança na sua política energética, como consequência dos desastres naturais e a crise nuclear, segundo fontes do governo. Os projetos de exportação das usinas nucleares serão revisados, estabelecendo um prazo para participar das negociações do acordo de livre comércio da bacia do Pacífico.
Nos próximos dias, as diretrizes básicas serão decididas para revisão do plano. O ministro Koichiro Gemba, da política nacional, afirmou que a estratégia do crescimento, notadamente o contexto da política energética, precisa ser transformada em qualidade. Em função das dificuldades que enfrentam, o ponto principal será o objetivo para 2020 de expandir a dimensão do mercado da energia renovável para 10 trilhões de ienes japoneses.
Nas energias renováveis, devem ganhar importância as do tipo solar, eólicas e as geotermais, bem como as baterias elétricas acumuladoras, sem depender demasiadamente da energia nuclear.
O governo japonês vinha promovendo plantas de energia nuclear no exterior, junto com o setor privado, mas reconhecem as dificuldades que enfrentariam com a atual crise. Os japoneses acordaram a implantação de usinas nucleares no Vietnã e na Turquia, mas estão considerando a sua suspensão até que se completem as investigações sobre as plantas de Fukushima.
O Japão objetiva decidir sobre a sua participação no chamado “Trans-Pacific Partnership” (Parceria Trans-Pacífica) até junho próximo, mas o primeiro-ministro Naoto Kan vem sugerindo a sua postergação.
O governo pretende fixar a nova estratégia de crescimento, que visaria um crescimento real de sua economia até o ano fiscal de 2020, com uma média real de 2% ou mais ao ano, revendo seus orçamentos e acelerando a desregulamentação em sete setores, como o meio ambiente e energia.
Tal plano seria de grande importância, pois daria à nação japonesa e ao mundo um conhecimento do que perseguem, bem como os meios que serão utilizados para atingir as metas estabelecidas.
Sagaz Articulista:
Gostaria de ler uma análise acerca do aumento do número de pessoas que se declararam pertencentes à etnia amarela, consoante os últimos dados do IBGE. Será que seriam, de fato, confiáveis? Afinal de contas, há muitos mestiços no Brasil.
Caro Olavo Alves,
No passado parece que havia um certo preconceito em se declarar pardo, amarelo ou negro. Hoje este tipo de preconceito se reduziu. Ao mesmo tempo, o número de coreanos e chineses aumentou no Brasil, mesmo que os japoneses tenham se mestiçado muito, com muitos casamentos de descendentes de diversas etnias.
Paulo Yokota