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Limitações de Energia Elétrica no Japão Afetam Economia

11 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: empresas afetadas, racionamento de energia, tendências de prazo mais longo, transferência para o exterior | 4 Comentários »

O jornal econômico japonês Nikkei publicou um artigo hoje informando que o racionamento da energia somado aos problemas do yen caro e as elevados impostos aumentam as ansiedades das empresas no Japão. A atual política energética do governo afeta as perspectivas das empresas. A empresa chinesa ZTE informou aos fornecedores japoneses a necessidade de transferirem suas unidades produtoras para outros países ou terão que substituir seus fornecedores para outros asiáticos.

Entidades japonesas começam a alertar sobre os problemas que estão se acumulando, aumentando as pressões sobre as empresas produtoras japonesas. Fornecedores importantes de componentes de circuitos para celulares inteligentes, o de materiais para painéis LCD, começam a ser afetados.

usina-genkaihamaoka

Usinas nucleares de Genkai e Hamaoka

Os empresários japoneses desejam manter a produção no Japão, como os dirigentes da Nissan, mas identificam que o câmbio valorizado, os altos impostos sobre as empresas, a lenta liberalização do comércio, as legislações trabalhistas e as restrições sobre a poluição, a que se somam agora as insuficiências energéticas, os tornam sem condições de competição. São queixas que se assemelham aos apresentados pelos industriais brasileiros.

Alegam que manterem produções próprias e estáveis de energia implica em elevar seus custos neste ano em cerca de 5% das vendas, quando o normal era entre 3 a 4% em energia. O que mais os afetam é a incerteza de quando a restrição de energia terá fim, pois as usinas atômicas estão sendo submetidas aos testes de “stress” pelo governo, e somente os aprovados poderão continuar com suas atividades. O Instituto de Economia da Energia estima que no próximo verão a situação tende a piorar, com insuficiência de 7,8% para atender as necessidades.

Segundo as projeções do METI – Ministério de Economia, e Comércio Exterior do Japão, a geração adicional de energia com derivados de petróleo custarão mais 3 trilhões de yens, ou cerca de US$ 37 bilhões.

As empresas japonesas estão preparadas para alguns aumentos de despesas, mas, sem a certeza de quando terão restabelecidos os seus fornecimentos de energia elétrica, ficam com seus riscos extremamente elevados, tornando-as incompetitivas no mercado internacional, segundo o artigo.


4 Comentários para “Limitações de Energia Elétrica no Japão Afetam Economia”

  1. Minoro Kobayashi
    1  escreveu às 13:58 em 6 de maio de 2013:

    Boa tarde
    Infelizmente acho que o Japão não se interessou pela minha idéia. Nem mandaram um retorno…
    De qualquer forma Sr. Paulo Yokota eu lhe agradeço pela atenção .

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 08:27 em 7 de maio de 2013:

    Caro Minoro Kobayashi,

    Qualquer projeto precisa ser apresentado com muitos detalhes, suas justificativas etc. Lamento.

    Paulo Yokota

  3. Minoro Kobayashi
    3  escreveu às 14:06 em 14 de maio de 2013:

    Olá !
    Como lhe mencionei, sobre a proposta que enviei ao Consul Geral do Japão ,e não obtive retorno, estou lhe enviando a minha sugestão sobre a Usina Hidrelétrica que é o uso da agua do mar para gerar energia. Usina essa construida a uma profundidade de 6O metros próximo ao litoral.
    Dando um exemplo: imagine um copo vazio dentro de um tanque com agua, logo a agua vai querer entrar no copo, imagine esse copo com 100 metros de diametro, não
    é logico? sem a nescessidade de uma barragem, como no Brasil ,é só construir esse copo.Naturalmente dentro haverá diversos segmentos para geração da energia el[etrica etc,etc,etc…

  4. Paulo Yokota
    4  escreveu às 11:52 em 15 de maio de 2013:

    Caro Minoro Kobayashi,

    Existem experiências concretas de geração da energia elétrica no mar, como na Coreia que aproveita as diferenças das mares. Construir o tal “tanque” que tenha semelhança com um “copo” não me parece fácil, e sua dificuldade seria correspondente a de uma barragem. Tente construir algo como o sugerido, mesmo em dimensões de laboratório, pois a Escola Politécnica dispõe de tanques para experiências concretas, e V. possivelmente vai constatar que isto tudo não é tão fácil.

    Paulo Yokota