Chá Japonês Para Reduzir o Colesterol
17 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, Saúde, webtown | Tags: catechins, consumo de bebidas no Japão, Ito En, para diversas finalidades | 2 Comentários »
Se existe um povo que consome chás nas suas mais variadas formas é o japonês. O respeitável jornal econômico japonês Nikkei noticiou hoje que a empresa Ito En vai lançar no próximo dia 5 de setembro um novo chá que recebe o nome de Catechins, que é o principal componente do chá verde, e destinado para ajudar na redução do colesterol e gorduras no corpo humano.
Os japoneses encontram bebidas de diversos tipos nas vending machines espalhados pelas cidades. Alguns alegam ter poderes revigorantes como os muitos que contêm gingzen, outros que prometem vigor sexual, outros que facilitam a digestão, que são consumidos em grandes volumes, apesar das dúvidas sobre seus verdadeiros efeitos. Tudo indica que seus fabricantes são empresas responsáveis, e os produtos não devem fazer mal, mas eles não podem ser confundidos com remédios, pois são vendidos livremente sem nenhuma recomendação médica.
No Brasil e no resto do mundo, também se vendem produtos que devem ajudar na saúde, como o verdadeiro guaraná em pó, açaí, café, maracujá e outros. Mas seus efeitos devem ser considerados limitados e seria interessante que fossem usados sob prescrição médica, para considerar a dosagem adequada para cada pessoa.
Na sua maioria, são produtos originários de vegetais, sendo consumidos há muito tempo, não havendo evidências de seus males ou benefícios. O chá verde é muito consumido em todo o mundo e certamente conta com alguns princípios ativos.
Segundo as informações fornecidas pelos fabricantes, o catechin é o principal componente do chá verde e vem sendo utilizado há tempos. Segundo estudos efetuados, o chamado catechins gallate inibe a absorção das gorduras quando consumido durante as refeições, e chegam a 90% do catechin contido na nova bebida.
O novo chá será vendido em garrafas plásticas de 350 ml e de 1,05 litro, devendo custar cerca de US$ 2,00. Por utilizar folhas de chá com pouca cafeína, a bebida foi desenvolvida para ser mais palatável para as mulheres.
Eu, pessoalmente, sou um grande consumidor de chá verde, e ainda que não tenha em mãos os estudos que determinaram estas qualidades da nova bebida, acredito que mal não deve fazer.
Mas é preciso entender que tudo isto pode fazer parte de um marketing, pois já fui informado que um instituto que trabalha com o café concede metade dos seus pareceres ressaltando suas qualidades, e a outra metade sobre os seus malefícios.
Muito interessante e ponderado o artigo do Prof. Paulo. Ao longo dos anos, de tanto ouvir falar(através das mais variadas fontes) dos benefícios do chá verde inclui o mesmo no meu cotidiano, o “gosto de nada” dele caiu bem no meu paladar e considero este chá um verdadeiro nutracêutico/alimento funcional, assim como alguns outros produtos como o maracujá, o chocolate amargo, o iogurte, stévia, etc, ainda que não seja possível estabelecer dosagens e coisa semelhante. Você é o que come.
Caro Alyson do Rosário Junior,
Obrigado pelos comentários. Alguns produtos são de uso tradicional, outros estão sendo “descobertos” pelos seus benefícios. Hoje existem tecnologias para conhecer o teor dos princípios ativos contidos em muitos vegetais.
Paulo Yokota