Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mudanças no Varejo Japonês Que Podem Ser Aproveitadas

16 de agosto de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: adaptações e especializações, fugindo das megastores, serviços mais personalizados | 2 Comentários »

Mesmo as redes japonesas de varejo estão se adaptando às demandas dos consumidores, procurando oferecer serviços mais personalizados, com especializações em alguns setores. O jornal japonês Nikkei noticia sobre algumas alterações que estão sendo introduzidas, fugindo de ofertas extensivas para especializadas. Muitas lojas especiais da rede Aeon operam focadas nas bicicletas, nas bebidas e nos pet stores, nas ruas concentradas no comércio de Tóquio. Eles vendiam uma ampla gama de bebidas, alimentos importados e flores. Evoluem para instalações com decorações mais informais, mas mantém ofertas de bebidas contando com sommeliers, que podem ser encontrados em cerca de 20 de suas lojas.

A rede Aeon opera cerca de 10 diferentes tipos de lojas, incluindo desde as especializadas em lenços e lojas de artigos para jardins. A outra rede Seven & i trabalham com lojas voltadas para crianças, e a rede Ito-Yokado operam Kids Town, com uma seção voltada para as vendas de brinquedos e roupas para crianças. Estes Kids Town informam que estão vendendo mais 30% por metro quadrado do que as lojas tradicionais da rede, pois contam com áreas mais atrativas para os consumidores específicos.

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As lojas que vendiam de tudo, cerca de 100.000 itens diferentes, chamadas de general merchandise supermarket, inclusive alimentos, roupas e eletrônicos estão perdendo espaço para estabelecimentos especializados. Os clientes afirmam que elas têm tudo e não tem nada, ou seja, não encontram o que desejam. Também as redes estão procurando contar com estabelecimentos que sejam amigáveis com as comunidades locais.

Como estas redes estão cortando seus custos de recursos humanos, precisam estar focadas nas suas operações centrais, e no momento estão concentradas nos produtos que reduzem o consumo de energia, inclusive alimentos preparados.

Mesmo em São Paulo, nota-se que as grandes lojas de supermercados estão sofrendo a concorrência de estabelecimentos menores, menos sofisticados, que oferecem preços mais convenientes, atendendo consumidores mais próximos. Muitos, não pertencentes às redes, cultivam um relacionamento pessoal com os clientes habituais.

Só os ganhos de escala não parecem suficientes, e os clientes necessitam de tratamentos mais personalizados, além de preços competitivos. Também os produtos que desejam precisam ser facilmente localizados, sem a necessidade de verdadeiras excursões por amplos espaços.

Em algumas ruas tradicionais como a Augusta, na capital paulista, estão ressurgindo estabelecimentos que antes podiam ser encontrados somente nos shopping centers, em que muitas lojas são verdadeiros shows rooms para produtos que podem ser adquiridos com algumas vantagens pela internet.


2 Comentários para “Mudanças no Varejo Japonês Que Podem Ser Aproveitadas”

  1. Lorena Sales da Cunha
    1  escreveu às 13:46 em 16 de agosto de 2011:

    Seu Paulo,
    Seria interessante que as redes japonesas (Seven & I Holdings, Ito-Yokado, Fast Retailing, Sogo etc.) viessem ao nosso Brasil. Aumentaria a concorrência e quem ganha são os consumidores.
    obs.: conheço o Japão e sei da qualidade dos seus produtos e o antendimento cortês das lojas.

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 13:53 em 16 de agosto de 2011:

    Cara Lorena Sales da Cunha,

    Estas redes japonesas estão se estendendo atualmente nos países asiáticos, e devem demorar para chegar ao Brasil. Ainda que sejam eficientes no Japão, não significa que teriam as mesmas qualidades no Brasil. Mas, o aumento da concorrência seria muito interessante.

    Paulo Yokota