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Artes Marciais e Atividades nos Templos Asiáticos

12 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: China Daily, práticas no Japão, Shaolin na Shenzhen Universiade | 4 Comentários »

O jornal chinês China Daily, na sua seção que cuida de cultura, apresenta uma série de fotos da demonstração de artes marciais efetuada pelos membros do Songshan Shaolin Temple, na Shenzhen Universiade, tendo como alguns assistentes também apreciadores estrangeiros. Diante das versões populares apresentadas intensamente nas televisões e cinemas nas últimas décadas, muitos leigos no assunto acabam fazendo algumas confusões sobre as artes marciais, inclusive como esporte e suas relações com alguns monastérios, tendendo a considerá-las como meras técnicas para ataques e defesas.

No entanto, verifica-se que também no Japão o arco e flecha, que exige uma extrema concentração e depende muito da meditação e do controle da mente, é praticado por alguns monges nos templos. Acabou se tornando técnicas para a concentração e disciplina mental, fazendo parte da filosofia que formam algumas das muitas divisões religiosas.

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Atletas estrangeiras acompanham as apresentações na Universidade de Shenzhen

Os dados fornecidos pelo Wikipedia, baseados nos escritos de Huang Zongxi, referem-se ao Shaolin associado ao Kung Fu, entre os mais mencionados como artes marciais, mostrando que suas origens são discutidas até porque existem muitas variedades de artes marciais que eram praticadas em diferentes templos. Mas as indicações de diversos documentos demonstram que já existiam antes da Dinastia Tang (618 – 907) na China, tendo se disseminado na Dinastia Ming (1368 – 1644).

Estas técnicas foram desenvolvidas para defesa dos monastérios onde de praticavam meditações, diante dos ataques que sofriam de assaltantes, e foram aperfeiçoadas com intensos treinamentos. Muitos monges foram utilizados como guerreiros nas disputas que ocorriam entre senhores feudais, segundo relatos nos documentos existentes.

Tudo indica que houve uma interação entre atividades religiosas com o desenvolvimento destas técnicas de artes marciais para outras finalidades, como de atividades externas aos monastérios para dentro das mesmas. Acabaram fazendo parte da cultura chinesa, e estenderam suas influências para fora do país, tomando estilos distintos em suas diversas ramificações.

Se considerado como meras artes marciais, podem sofrer restrições daqueles que não são a favor da violência, mas se considerado como técnicas de concentração e disciplina da mente acabam sendo aceitos como práticas de religiosos.


4 Comentários para “Artes Marciais e Atividades nos Templos Asiáticos”

  1. Sichan Taifú
    1  escreveu às 00:28 em 30 de setembro de 2012:

    O kung fú não modernizou suas técnicas, e ficam praticando coisas sem sentido, pois arte marcial e espiritualidade não combinam, em minha opinião, são energias antagônicas. Acredito como Mestre de kung fú que sou, que a incapacidade da mudança, até por ser um País (há bem pouico tempo aberto) fechado para outras culturas, não conseguiram reformular , pois o inimigo mudou e as técnicas não. Bruce Lee tentou mostrar isso pro Chineses.

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 04:07 em 30 de setembro de 2012:

    Caro Sichan Taifú,

    Obrigado pelo comentário. Acredito que V. tenha razão. Na realdade, não somente no Kung Fú, como em muitas outras lutas marciais, acredito que houve uma distorção, perdendo a sua importância espiritual, para se tornar somente uma técnica de luta. Hoje, o judo, que significa um tipo de caminho, acabou se tornando somente uma luta onde não se cuida do aperfeiçoamento espiritual. Mas, parece que mesmo nas disputas esportivas, reconhece-se a importância do estado mental dos que estão disputando.

    Paulo Yokota

  3. eduardo
    3  escreveu às 00:24 em 20 de fevereiro de 2015:

    Sou evangélico propriedade de Deus. Tenho formações na área história da religião e da cultura e tendo lido as informações do site percebi que as informações à respeito da capoeira coincide com todas as outras formas de artes marciais. Qual a diferença entre capoeira e as outras artes praticadas? Qual a origem do muay thai, jiu jitsu e do Kung Fu? A não ser nos monastérios budista que tenho certeza que a capoeira pode ser uma ferramenta de evangelização! Só não podemos escandalizar a capoeira por ser uma arte nossa e abrirmos para as outras como se tivessem vindas do céus! Obrigado pela oportunidade! [email protected] meu zap é (021) 98178330

  4. Paulo Yokota
    4  escreveu às 01:29 em 20 de fevereiro de 2015:

    Caro Eduardo,

    Não sou especialista nem em religião como em lutas marciais. Não saberia responder às suas questões.

    Paulo Yokota