O Papel da Educação no Desenvolvimento Econômico
19 de dezembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: comparações do Brasil com a Índia e com a China, consenso sobre o papel da educação, o caso chinês | 2 Comentários »
O papel da educação no desenvolvimento de um país vem merecendo uma crescente atenção, inclusive para o grande público, como o dedicado pela revista Veja no artigo preparado por Gustavo Ioschpe com o título “Armas de educação em massa”, sobre suas observações na China, mais especificamente em Xangai. Ele foi estimulado pelos resultados da pesquisa Pisa que apresenta algumas comparações internacionais sobre a eficiência da educação de jovens de 15 anos, quando Xangai obteve a primeira posição. Paralelamente, Renata Betti apresenta um artigo na mesma revista comparando o esforço que começa a ser feito no Brasil, comparando com os dados relacionados com a China e com a Índia.
Mas outros trabalhos mais acadêmicos também estão sendo elaborados, pois, mesmo com o número de brasileiros que procuram titulações no exterior e aumento da produção de pesquisas que já vem ocorrendo com a publicação dos seus resultados em revistas internacionais de prestígio, ainda os números brasileiros são modestos. Evidentemente, existe a necessidade de estudos mais profundos como os que determinam a prioridade concedida pelos países asiáticos à educação, com padrões de esforços e exigências que seriam considerados exagerados em países de outras partes do mundo.
C9 League of Chinese University:
University |
Province or Municipality |
Date Founded |
Shanghai |
1905 |
|
Heilongjiang |
1920 |
|
Jiangsu |
1902 |
|
Beijing |
1898 |
|
Shanghai |
1896 |
|
Beijing |
1911 |
|
Anhui |
1958 |
|
Shaanxi |
1896 |
|
Zhejiang |
1897 |
Os chineses, como muitos asiáticos consideram que a importância que dão para a educação decorre dos ensinamentos de Confúcio. A meritocracia sempre foi adotada na China e os chamados “mandarins” eram selecionados entre os que tinham melhores qualificações para servir seus Imperadores, que encarnavam o Estado, desde os tempos memoriais.
Algo parecido também ocorreu no Japão, quando na Era Meiji foram formadas as chamadas Universidades Imperiais, para preparar os funcionários públicos.
Members
Institution |
Location |
Full-time enrollment |
Founded |
|
11,153 |
1918 as Hokkaido Imperial University |
|||
13,064 |
1897 as Kyoto Imperial University |
|||
11,689 |
1911 as Kyushu Imperial University |
|||
9,818 |
1939 as Nagoya Imperial University |
|||
12,229 |
1931 as Osaka Imperial University |
|||
10,692 |
1907 as Tohoku Imperial University |
|||
14,711 |
1877 as Imperial University |
Ingressar nestas prestigiosas Universidades consta da aspiração de todos os estudantes e seus pais, sendo que atualmente a mais prestigiosa na China é a de Tsinghua, pois entre os seus ex-alunos figura a elite política daquele país. De forma semelhante no Japão, a Universidade de Tokyo sempre teve grande importância, tanto no setor público, político como privado, notadamente na sua Faculdade de Direito. Eles também tiveram muitos estudantes nos Estados Unidos, como na Europa.
Hoje, os chineses atraem muitos dos seus estudantes que foram estudar no exterior, principalmente nas grandes universidades norte-americanas conquistando posições como professores e pesquisadores. Repete-se o fenômeno semelhante ao que ocorreu antes, durante e depois da Segunda Guerra Mundial quando muitos renomados europeus foram para os Estados Unidos.
Os hindus sempre tiveram, na qualidade de antiga colônia inglesa, fortes relacionamentos com universidades do Reino Unido, contando com elevado número de doutorados nelas. Agora estão utilizando muitos deles na administração do país como no seu desenvolvimento do setor privado.
Não se pode esquecer que, além destas universidades públicas, existem importantes particulares que se destacam em um grande número de setores.
O que se pode intuir é que, de forma geral, a formação destes recursos humanos é de grande importância, mas não existe um relacionamento direto com o desenvolvimento do país num determinado período, que acaba dependendo de um conjunto mais complexo de condições.
Na minha óptica a educação é o elemento chave para o desenvolvimento economico
Cara Rosalina,
Acredito que a maioria das pessoas, em todo o mundo, concordam sobre a importância da educação para o desenvolvimento econômico.
Paulo Yokota