Finep na Direção Correta
10 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: atendimento das grandes empresas, financiamento de pesquisas, novos recursos
Se existe uma orientação que deve ser aplaudida, ela está expressa no artigo publicado por Alexandre Rodrigues no O Estado de S.Paulo de hoje, que se refere aos financiamentos da Finep – Financiadora de Estudos e Projetos, atualmente comandada por Glauco Arbix. Na direção do que vêm acontecendo em todo o mundo mais dinâmico, as agências governamentais apóiam os projetos privados de pesquisa e desenvolvimento, que ainda estão com iniciativas mais significativas entre as grandes organizações.
O artigo cita que entre os maiores tomadores destes financiamentos estão a Embraer, Vale, Fíbria, IBM, Totvs, Petrobras e Brasken, que vêm fazendo investimentos sistemáticos no desenvolvimento de novas tecnologias. As demandas chegaram a R$ 9 bilhões em 2011, e a atual carteira acumulada chega a R$ 6 bilhões. Todos os esforços devem ser feitos para que o seu crescimento continue, com os projetos analisados reduzindo-se de 249 para 102 dias.
Glauco Arbix, presidente da Finep
As inovações tecnológicas estão se acelerando em todo o mundo, e os seus financiamentos, como os do Finep, se tornam estratégicos. Como as empresas comparecem com parte dos seus recursos, correndo os riscos, os projetos acabam tendo uma grande chance de sucesso.
Para países que não contam com uma estrutura de pesquisas avançadas, estas iniciativas ganham maior importância. Os países emergentes também estão desenvolvendo esforços desdobrados, convencidos que não podem viver com as tecnologias importadas.
Muitas das condições encontradas em cada país acabam diferindo, existindo nichos de oportunidades que necessitam ser aprovadas, mesmo com a ajuda de empresas que atuam de forma globalizada.
As universidades e os centros de pesquisas estão acelerando a preparação de recursos humanos, aproveitando agora o retorno de muitos que foram treinados no exterior. Muitos percebem que as oportunidades mais promissoras encontram-se nos países emergentes, onde nem todas as possibilidades estão exploradas.
A disseminação desta cultura da pesquisa e desenvolvimento acaba sendo importante. Em muitos países, pequenas e médias empresas são as mais ágeis nas inovações, não contando com as burocracias naturais nas grandes organizações.
Os aproveitamentos das criatividades dos talentos descobertos acabam sendo relevantes, mas sempre há necessidade de trabalhos sistemáticos, pois para se tornarem tecnologias utilizáveis pelas empresas, muitos esforços acabam sendo necessários, e os financiamentos são indispensáveis durante o seu período de maturação.
De qualquer forma, as notícias desta natureza ser divulgadas pela imprensa geral acabam estimulando novas iniciativas. Merecem os mais efusivos aplausos.