Reorganização das Empresas Japonesas de Semicondutores
8 de fevereiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no Financial Times, os problemas das empresas eletrônicas avançadas japonesas, outras perspectivas
Todos sabem que as indústrias eletrônicas japonesas passam por dificuldades decorrentes do câmbio do Japão, desastres naturais e a acirrada concorrência de outras empresas do mundo, notadamente as asiáticas. Jonathan Soble, do Financial Times, e outros jornalistas estão escrevendo sobre o assunto em diversos órgãos de circulação internacional, pois são problemas de magnitude que afetam a todos.
O autor refere-se aos três fabricantes de semicondutores, entre eles a Panasonic e a Fujitsu que conversam sobre a possibilidade de fusão de suas operações na área, com a ajuda das autoridades japonesas, envolvendo bilhões de dólares. Informam sobre a possibilidade da INCJ – Innovation Network Corporation of Japan, com a fusão de diversas partes das empresas envolvidas com a produção de semicondutores e outros componentes de alta tecnologia, como a Hitachi, Sony, Toshiba entre outras
Logotipo da INCJ – Innovation Network Corporation of Japan
Todas estas operações ainda estão em evolução, tendo começado com a Renesas, produto da fusão destes setores da Hitachi, NEC e Mitsubishi.
Além dos semicondutores, há um esforço para a integração dos grandes chips chamados LSI que são os “cérebros” dos dispositivos eletrônicos que vão dos celulares, videogames e até automóveis.
Diante da concorrência com as empresas de outros países, os japoneses procuram fundir os setores viáveis, que estavam fragmentadas em diversas organizações, com a ajuda substancial de recursos públicos.
Os balanços que estão sendo publicados sobre os resultados destas empresas acusam prejuízos monumentais, e sem uma forte reorganização não continuarão competitivas. Ainda que possam existir resistências em cada uma das empresas, acabam sendo medidas indispensáveis para continuarem num mercado que vai se aperfeiçoando constantemente, atendendo outros produtos que dependem de componentes inteligentes.