Diferentes Comportamentos de Empresários

28 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: boatos, diferenças nos comportamentos dos empresários, fatos, potencialidades

Os comportamentos dos empresários e seus efeitos acabam dependendo dos públicos aos quais eles se voltam, bem como as culturas dominantes em que estão inseridos. No passado, um importante banqueiro brasileiro procurava evitar aparecer na imprensa, procurando manter-se discreto, que ainda é considerado como uma postura adequada em muitas culturas, mesmo obtendo bons resultados nas suas atividades usuais. Outro empresário agrícola queixava-se sempre das condições desfavoráveis para os seus negócios, reclamando dos prejuízos, mas adquiria todo ano uma nova fazenda. Existem também os que alardeiam com rara capacidade seus empreendimentos, que potencialmente podem ser interessantes, conseguindo impressionar muitos analistas e colocar os seus papéis no mercado e junto a grupos investidores, mesmo que os seus resultados obtidos até agora não sejam apreciáveis, até pelo contrário.

É evidente que estes resultados dependem do tempo em que são avaliados (curto, médio ou longo), e as hipóteses que são utilizadas para tanto e o futuro é, infelizmente, sempre incerto envolvendo riscos. Os otimistas podem avaliar que a maioria das condições continuará positiva e os resultados mínimos podem ser satisfatórios, mesmo que não atinjam todos os projetados. Que o otimismo sempre ajuda nos empreendimentos ninguém pode duvidar. Mas, entre um comportamento discreto e o pessimismo, existe uma grande diferença, parecendo sempre conveniente ser um pouco cauteloso quando se trata de negócios.

Os dados futuros costumam ser projetados com base na performance passada e com a acumulação, por anos, de prejuízos operacionais fica difícil acreditar que os resultados futuros serão elevados. Muitos dos dispêndios podem ser considerados parte dos investimentos que estão sendo efetuados pelos sistemas contábeis, quando os projetos demandam muito tempo para a sua maturação. As potencialidades futuras precisam aguardar suas concretizações para serem considerados patrimônios efetivos.

Muitos analistas consideram as cotações alcançadas nas bolsas como já incorporadas nos resultados, quando na sua grande maioria são somente virtuais. Elas costumam apresentar flutuações, e considerá-las lucros quando em alta, ou prejuízos quando em baixa, podem apresentar riscos elevados.

Que o espírito animal dos empresários é desejável não há dúvida, mas sempre seria conveniente que eles já tenham obtidos resultados maturados em alguns dos seus empreendimentos. Muitos empresários procuram um equilíbrio sempre elogiável, pois a exposição exagerada pode gerar também invejas que em nada ajuda nos seus empreendimentos.