Ampliação do Uso do Gás na China
9 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ampliação dos investimentos, aumento do uso do gás na China, mudança da matriz energética | 2 Comentários »
Um interessante artigo elaborado por Charlie Zhu, de Hong Kong, está sendo distribuído pela Reuters. Ele trata sobre as mudanças que estão sendo observadas na China com relação à utilização do gás. Todos sabem que o uso deste combustível limpo está aumentando no mundo, a ponto desta década estar sendo denominada como deste combustível, mudando a matriz energética. Também é conhecido que a China figura como a principal poluidora no mundo pelo uso do carvão mineral que atender 70% das suas necessidades de energia. A notícia que este quadro tende a se alterar é alvissareira e está promovendo vastos investimentos no setor, inclusive com recursos provenientes do exterior.
O artigo informa que os preços estão se elevando com os fornecimentos provenientes do exterior, na forma de gás liquefeito como de gasodutos dos países vizinhos que estão sendo ampliados. Isto estimula a produção local das reservas já localizadas, como pela utilização do xisto abundante na China. As mudanças estão se processando em muitas frentes, com mais cidades chinesas contando com o fornecimento deste combustível, ao mesmo tempo em que grandes estatais nacionais ampliam seus negócios no setor, como a Sinopec e a PetroChina.
A importação chinesa de gás liquefeito tem sido feita da Austrália, Indonésia, Malásia e Qatar. E por gasoduto vem sendo fornecido pelo Turcomenistão e está em construção um novo de Mianmar. As mudanças dos preços são promovidas pelo mercado internacional e estão relacionadas com as do petróleo. Existem apelos internos da China procurando desvinculá-los para estimular as produções internas, pois as reservas já localizadas são expressivas, além da existência do xisto que pode ser aproveitado para a sua produção. Até 1990, o setor de gás praticamente não existia, e agora está sendo promovido ao nível das cidades como para fornecimentos industriais, com esforços governamentais.
As providências que estão sendo tomadas estão provocando uma onda de investimentos novos, tanto em matéria de equipamentos importados como produzidos na própria China, que estão sendo utilizados por empresas públicas e privadas, locais como em termos nacionais.
Comparando-se com o quadro brasileiro, onde também estão se localizando muitas reservas adicionais, tanto no offshore como em terra, parece importante que as autoridades não pensem o gás como gerador de recursos para os investimentos em petróleo, mas como importante insumo industrial. Já existem muitos investimentos efetuados nos gasodutos que estão subutilizados.
Para se manter a competitividade de uma série de setores industriais, o fornecimento adequado de gás poderia representar um forte incentivo, além de reduzir o grau de poluição.
Caro Paulo.
Aqui no Japão, o usondogás natural também está em crescimento.
até a uns tenpos atras ele era meio que desprezado por causa da propaganda do “all denka” onde até o fogão de cozinha e o aquecimento domestico viraram eletricos.
Mas com a crise nuclear, o que estava em baixa ficou “up”.
A NHK fez uma matéria enfatizando o sistema de cogeração, tanto industrial como o domestico.
A Kirin, fabricante de cerveja, usa 60% de cogeneração para suas necessidades de energia eletrica.
Um cogerador domestico ainda custa caro, em torno de 40 mil reais, mas tende a baratear.
Seiria uma boa solução para o Brasil, especialmente em SP, que tem gás disponivel.
Assim o consumidor pode escolher entre a energia da AES Eletropaulo (arg!) e gerar a sua propria emergia eletrica, via cogerador
Jose Comessu,
Obrigado pelo comentário.
Paulo Yokota