Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

O Bloco da Repsol em Campos no Pré-Sal

24 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: área da concessão da espanhola Repsol com a chinesa Sinopec (35%), confirmação das reservas de petróleo e gás, participação da norueguesa Statoil (35%) e Petrobrás (30%)

Está sendo confirmada a reserva de 700 milhões de barris de petróleo leve (o mais valorizado) e gás equivalente a 545 milhões de barris de petróleo na área de concessão denominado BM-C-33, na região do pré-sal na Bacia de Campos. As informações foram divulgadas pela Repsol espanhola (que vendeu 40% das suas operações no Brasil para a Sinopec chinesa) que possui uma participação de 35%, e pela Petrobras que conta com 30%. Isto aumenta a participação chinesa nesta exploração, que vem mostrando um grande apetite para assegurar o seu abastecimento de petróleo e gás. Esta concessão conta também com a participação da norueguesa Statoil (que tem uma longa experiência no Mar do Norte como em todo o mundo) com 35%. Esta confirmação é uma das maiores reservas do mundo em 2012 e está em muitos meios de comunicação social, como o site da IG.

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Como a Espanha passa por dificuldades, como alguns países da Europa, está alienando parte dos seus ativos, e os chineses se mostram os mais agressivos na sua aquisição, notadamente quando se refere ao petróleo e o gás no pré-sal brasileiro, mas também está presente em quase todo o mundo.

A Sinopec aparece no top da lista das aquisições e fusões no Brasil em 2011, com R$ 8,5 bilhões, seguidas pela Kirin com R$ 6,9 bilhões e a BTG Pactual com R$ 6,0 bilhões, segundo dados divulgados por Adriano Pires, diretor do CBIE – Centro Brasileiro de Infraestrutura.

A Sinopec informa que em 2020 a China importará 60% do seu consumo de petróleo e o Brasil aparece como um dos alvos dos seus investimentos. Além da compra da participação na Repsol, também adquiriu por US$ 4,8 bilhões a participação na portuguesa Galp, visando ainda a BG Group britânica além da OGX brasileira.

A própria Petrobras se associou com os chineses recebendo um financiamento de US$ 10 bilhões em 2011, operação que foi feita com o Banco de Desenvolvimento da China, tendo um oferecimento do fornecimento de petróleo para a Sinopec durante dez anos, além da concessão para direitos de exploração de petróleo e gás em dois blocos.