Dúvidas Sobre os Carros Japoneses Fabricados no Brasil
29 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: diferenças dos híbridos e flex, impressões, performances com dúvidas | 5 Comentários »
Como é do conhecimento geral, os veículos japoneses híbridos produzidos no Japão costumam utilizar gasolina, tendo como alternativa o uso de eletricidade armazenada nas baterias elétricas. Os veículos das marcas japonesas produzidos no Brasil conseguiram prestígio diante da baixa necessidade de reparos, qualidade que foi transmitido pelos consumidores boca a boca. Os novos modelos chamados “flex” costumam utilizar gasolina tendo como alternativa o etanol produzido a partir da cana de açúcar, que teve como base tecnologias desenvolvidas pelas empresas alemãs. Muitos usuários ficam com a impressão que os modelos japoneses flex foram ligeiras adaptações dos antigos, sem que pesquisas mais específica fossem efetuadas.
Assim, a impressão generalizada é que os modelos flex da indústria japonesa produzidos no Brasil conseguem uma performance adequada quando utilizam o etanol. Mas os seus rendimentos com a gasolina ficam abaixo dos modelos anteriores que somente utilizavam este combustível, com maior consumo por quilômetro rodado, tanto nas cidades como nas estradas.
As empresas japonesas não utilizam muito a publicidade e são parcimoniosos na transparência das informações técnicas. Estas impressões dos usuários estão sendo transmitidas pelo sistema boca a boca entre os consumidores, podendo comprometer a sua boa imagem conquistada no passado. Principalmente porque os seus preços costumam ser mais elevados do que os dos concorrentes de outras procedências.
Se estas suspeitas não forem debeladas com informações técnicas podem gerar problemas, notadamente quando alguns modelos da indústria japonesa acabaram ficando comprometidos no exterior, diante da falta de algumas explicações técnicas mais detalhadas.
O respeito ao consumidor deve ser um princípio pregado pelos japoneses, mas que necessitam ser praticados nos seus trabalhos de marketing como das manutenções, notadamente das chamadas “after services”.
Quando outros concorrentes de outros países ainda não se encontravam com suas imagens consolidadas, pode ser que o problema não tivesse a importância atual. Mas quando outros modelos de diversas procedências fazem uma publicidade intensiva, e são comprovados pelos usuários nos seus usos, com preços de comercialização mais vantajosos, tudo indica que as empresas japonesas necessitam aumentar suas preocupações.
Acho os automóveis nipônicos excelentes! Tenho um Subaru Impreza que trato como “namorado”. Já tive, também, um Honda Civic, que me deu pouca dor de cabeça, ao contrário de um Vectra. O meu marido gosta muito do Toyota Corolla.
Sobre carros japoneses, gostaria de falar que a montadora sueca Saab foi comprada por um grupo sino-japonês. É interessante esta união de nipônicos e chineses para utilizar a Saab, a fim de produzir automóveis elétricos.
Caro Fernando Henrique Soucasaux Lombardi,
No mundo globalizado, as dimensões das empresas estão ficando gigantescas, sendo que as menores, mesmo dispondo de tecnologias específicas, não possuem mais condições de sobreviverem. Um grande empresário japonês do setor informava-me que só considera uma unidade industrial se puder produzir mais de 400.000 veículos, o que mostra que as japonesas no Brasil ainda não atingiram o volume mínimo competitivo. Isto vem acontecendo com elas, e o prestígio dos carros de origem japonesa na China baixou sensivelmente, havendo preferência pelos europeus como a Volkswagen.
Paulo Yokota
Legal a notícia do Fernando Henrique Soucasaux! O Japão é show de bola no desenvolvimento de carros com tecnologia verde! Mas espetacular mesmo é o auto elétrico da japonesa SIM-Drive.
http://invertia.terra.com.br/carros-motos/noticias/0,,OI5689733-EI19500,00-Japao+novo+carro+eletrico+percorre+ate+km+com+uma+carga.html
SIM-Drive:
http://www.sim-drive.com/english/ev/index.html
Caro Diego,
Em muitos lugares efetuam-se experiências para o uso de energias não poluentes, principalmente para o transporte.
Paulo Yokota