Crucial Eleição da Coreia do Sul em Novembro Próximo
31 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo de Yuriko Koike no Project Syndicate, candidata da situação, eleições coreanas em novembro de 2012
Ainda que o assunto seja relevante no Extremo Oriente, poucos analistas no Ocidente estão informados sobre as próximas eleições na Coreia do Sul, que colocam aspectos cruciais para a região. A candidata que está mais cotada é Park Geun-hye, do partido situacionista Saenuri (Nova Fronteira), a primeira a lançar a candidatura, ela que é chairwoman do partido. Pela oposição, sai Ahn Cheol-soo, diretor do Graduate School of Convergence Science and Technology da Universidade Nacional de Seul, um empresário de sucesso e figura carismática que atrai os votos dos jovens e independentes.
Park é uma trágica heroína, pois sua mãe foi assassinada em 1974, e o seu pai, presidente da Coreia do Sul, Park Chung-hee, foi morto pelo chefe de sua própria inteligência em 1979. Na eleição coreana, a política com a Coreia do Norte, dirigido pelo jovem Kim Jong-um, que anunciou a demissão do comandante militar, assumindo ele mesmo o comando, aparece publicamente visitando Mickey e Minnie, da Disney, com sua nova esposa, é um assunto crucial. Tanto pelos seus lançamentos de foguetes como pela existência de muitas famílias que foram separadas pela divisão da península coreana pela guerra que ainda não tem um tratado de paz, havendo uma zona desmilitarizada na fronteira.
Park Geun-hye, Ahn Cheol-soo e Kim Jong-un e sua esposa
A autora do artigo publicado no Project Syndicate é Yuriko Koike, política japonesa que foi ministra de Defesa do Japão, especialista em assuntos asiáticos. Ela informa que a eleição coreana não está permitindo a aprovação do importante tratado de troca de informações entre a Coreia do Sul e o Japão, sempre ameaçados pelos foguetes da Coreia do Norte, que enfrenta graves problemas de alimentação para a sua população.
Destaca, ainda, que a Coreia do Sul, à semelhança do Japão, também enfrenta problemas das lideranças políticas femininas, e a eleição de Park, que seria a primeira mulher na presidência, poderia ter um forte impacto, inclusive no país do Sol Nascente. A própria Park foi ferida na face num atentado eleitoral em 2006, na campanha para prefeito de Seul.
Como na Coreia do Sul existe uma cota de 30% de candidatas mulheres, o número de parlamentares femininos vem aumentando, o mesmo correndo na alta administração pública. Na realidade, em todo o mundo este movimento feminista ganha importância, o que vem sendo antecipado no Brasil, que, felizmente, não tem hábitos políticos que envolvam atentados.