Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Filipinas Pronta Para o Desenvolvimento Econômico

17 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo no The Diplomat, desenvolvimento econômico das Filipinas, semelhança com outros países do Sudeste Asiático

Muitos países bastante populosos do Sudeste Asiático estão ingressando numa fase de desenvolvimento econômico, como a Indonésia, Mianmar e também as Filipinas, que é um arquipélago com mais de 7 mil ilhas e uma população próxima de 100 milhões de habitantes. Num artigo publicado pelo The Diplomat, Jon Morales, que é da The Asia Foundation para as Filipinas, mostra que o país se destaca na melhoria contínua do Índice Global de Competitividade elaborado pelo World Economic Forum, tendo subido dez posições nas duas últimas versões.

A agressividade da China nos mares da região provocam preocupações, pois as Filipinas, que tinham uma forte influência dos ibéricos antes da Segunda Guerra Mundial, ficaram do lado dos Estados Unidos para bloquear as pretensões japonesas de avanço na região. As perturbações políticas e militares não favorecem as pretensões atuais das Filipinas na conquista de padrões mais elevados de desenvolvimento, aproveitando os seus pobres recursos humanos que ainda procuram empregos nos países mais dinâmicos ou desenvolvidos daquela parte do mundo.

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A sua competitividade internacional vem subindo diante das melhorias conseguidas na saúde e educação primária, infraestrutura e ambiente macroeconômico e confiança nas suas instituições públicas. A redução na corrupção vem melhorando a imagem da administração pública e o governo vem aumentando a transparência no orçamento, promovendo licitações e reduzindo o tráfego de influência segundo o artigo. O direito de propriedade vem sendo respeitado, proporcionando segurança para os investimentos.

A poupança nas Filipinas vem se elevando, tendo alcançado 20,1% do PIB em 2011 e procurando chegar a 24,6% em 2012, que são cifras bem superiores às brasileiras. Os orçamentos estão quase equilibrados e a dívida pública filipina se aproxima dos 40% do PIB.

Os avanços são encorajadores, mas as pesquisas efetuadas mostram que ainda se pode melhorar suas instituições, de forma a evitar a volta das práticas corruptas. A infraestrutura precisa ser melhorada, tanto nos portos como nos aeroportos, que são as portas para o relacionamento com o exterior, o que está sendo feito com novas aberturas, pois foram prejudicadas pelas práticas das administrações anteriores.

Existem ainda problemas de governança, e os investimentos necessitam serem elevados, bem como novos avanços precisam ocorrer no setor educacional, para que o desenvolvimento seja sustentável.

Os problemas parecem ser semelhantes aos de outros países que pretendem se tornar emergentes, dentro de um mundo cada vez mais globalizado, que procura oportunidades onde elas existirem. Alguns investidores estrangeiros já as identificam para proporcionar resultados nas Filipinas ou colocando suas produções em outros países.