Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Questões Sensíveis Em Muitos Países

19 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: exemplos entre muçulmanos, problemas chineses, questões sensíveis, religiosas e nacionalistas

O mundo está sendo informado, de forma dramática, que alguns assuntos considerados extremamente sensíveis do ponto de vista religiosos e outros de caráter nacional acabam provocando reações violentas e surpreendentes, exigindo desdobradas cautelas nos seus tratos. Um lamentável e precário vídeo foi considerado altamente ofensivo pelos muçulmanos por envolver a figura de Alá, provocando violentas manifestações em muitos países árabes, principalmente contra os norte-americanos e seus aliados considerados responsáveis pela elaboração deste curto e infeliz vídeo, provocando já várias mortes, inclusive de diplomatas dos EUA. As muitas manifestações populares, algumas violentas, continuam se multiplicando na China contra os japoneses, comprometendo anos de incremento das relações bilaterais, diante dos impasses nas disputas de ilhas pretendidas pelos dois países, chamadas de Senkaku pelos japoneses e Diaoyu pelos chineses.

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Ataque à embaixada dos Estados Unidos na Líbia

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Disputa pela ilha Senkaku ou Diaoyu provoca manifestações na China

Para os que não estão envolvidos diretamente nestes lamentáveis acontecimentos, estas reações parecem exageradas, mas dão mostras das elevadas sensibilidades envolvidas nestes problemas religiosos e políticos. Mesmo que autoridades mais moderadas tentem controlar a situação, até o momento não parece que resultados estejam sendo obtidos com volumosos prejuízos para ambas às partes.

As autoridades norte-americanas adotam uma política de liberdade de manifestações que deve ter um limite, pois podem desencadear reações como as que estão sendo observadas, agravando as imagens que já não são muito simpáticas em muitos países. Os danos são profundos sem que o governo dos Estados Unidos tenha alguma possibilidade de minimizá-los. Seria conveniente que houvesse um autopoliciamento por parte dos que podem evitar que estas lamentáveis peças possam chegar ao conhecimento do público. Nenhum norte-americano ou seus aliados podem se sentir seguros em muitos países, pois os muçulmanos radicais contam com uma presença bastante espraiada.

Quanto às ilhas disputadas entre o Japão e a China, os mares que os envolvem são cobiçados, pois podem conter reservas minerais, petróleo ou gás. Se assim são considerados, ambos os países não parecem ter tomados previamente medidas visando uma solução diplomática, efetuando investimentos nelas. Entendimentos não foram tomados antes que se tornassem motivos de manifestações altamente emocionais, que acabam dificultando possíveis entendimentos como vem sendo tentado em outras áreas.

Nenhuma solução seria fácil no passado, mas agora se tornaram mais difíceis, exigindo uma capacidade de negociação diplomática que não parece disponível em ambos os países. O mais recomendável seria uma arbitragem, que agora se tornou também difícil.

Mas é preciso entender que as negociações podem resolver problemas aparentemente impossíveis. Somente muito tempo poderá remediar estes danos, lamentavelmente.