Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Apoio à Produção Nacional no Setor da Saúde

26 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: a balança comercial do setor, avanços tecnológicos, compras do setor público, suplemento de Saúde do Valor Econômico

Os financiamentos das necessidades de saúde estão se tornando um dos mais graves problemas na maioria dos países desenvolvidos ou emergentes. Ainda que a taxa de natalidade venha decrescendo no mundo, a melhoria obtida na saúde vem elevando substancialmente a população idosa e sua expectativa de vida, demandando mais serviços de saúde. É um dos setores da economia onde o desenvolvimento tecnológico, em vez de reduzir os custos unitários de diversos procedimentos, vem elevando as suas despesas, ao mesmo tempo em que medicações e equipamentos que exigem pesquisas custosas estão sendo colocados à disposição da população com muitas novidades.

Ainda que os recursos alocados para o setor de saúde venham se elevando acima da média, na maioria das economias, eles ainda se mostram insuficientes, provocando filas em muitos atendimentos. Países como o Brasil acabam apresentando déficits comerciais assustadoramente crescentes nos seus relacionamentos com o exterior, forçando as autoridades a imaginarem o aumento da produção interna, que ainda são mais custosos que os importados. São dilemas desafiantes para as autoridades com poucos exemplos no mundo do aumento de atendimentos com baixos custos na área da saúde.

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Quando esta dura realidade é combinada com o desejo das autoridades no aproveitamento para o incentivo ao aumento da produção local, mediante o aumento das compras públicas de medicamentos, equipamentos e tudo que é consumido neste setor cuja demanda cresce mais rapidamente que em outros, as questão acabam ficando mais complicadas.

Os centros geradores de tecnologias estão concentrados em determinadas economias, pois exigem longos e volumosos investimentos em pesquisas até a sua maturação. Acabam proporcionando vantagens de escala, principalmente quando o mercado internacional tende a manter tributações baixas para os produtos considerados essenciais, como os relacionados com a saúde.

Como é uma necessidade básica da população, uma grande parcela dos encargos relacionados com a saúde acaba sendo públicos, direta ou indiretamente, havendo sempre problemas de eficiência das gestões em entidades gigantescas que envolvem muito de recursos humanos.

Muitos destes e outros problemas relacionados constam do suplemento Saúde, do Valor Econômico, cuja leitura se recomenda a todos que estão ligados ao setor, que em nenhum país tem uma solução fácil.