A Consciência de Uma Alimentação de Qualidade

19 de novembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: divulgação no O Globo, pesquisas inglesas, recomendações de nutricionistas

A divulgação das relações da alimentação com a qualidade de vida está se intensificando nos meios de comunicação social do Brasil. O site de O Globo divulga um artigo de Flávia Milhorance informando que uma pesquisa efetuada com 80 mil britânicos constatou o aumento do bem estar mental ao consumo de frutas e verduras. A alimentação rica em frutas, verduras, grãos e carnes vão além da saúde física para ajudar a manter o humor em níveis elevados. O pico de satisfação nesta ampla pesquisa teria sido constatado com aqueles que consomem sete porções de 80 gramas de cada um destes produtos, indicando a necessidade de uma alimentação balanceada. Isto que já era conhecido milenarmente no oriente está se tornando um consenso também no ocidente.

Tanto nos Estados Unidos como no Reino Unido estão sendo desenvolvidas campanhas para que no mínimo cinco porções diárias sejam consumidas por toda a população. Os dados foram comentados pela professora Sarah Stewart Brown, da Escola de Medicina de Warwick e uma das autoras do artigo publicado no periódico “Social Indicators Reserch”, segundo o artigo publicado em O Globo, referindo-se à relação entre a mente e o corpo.

O artigo cita a nutricionista Denise Carneiro, autora de alguns livros sobre o assunto, informando que o cérebro e o sistema nervoso central trabalha em simbiose com o gastrointestinal e imunológico, dependendo dos nutrientes absorvidos pelo intestino. Os neurotransmissores regulam o humor e o comportamento e precisam ser devidamente alimentados. Sem ela, podem provocar comportamentos compulsivos, ansiedade, cansaço mental e irritabilidade.

Segundo o artigo, um dos neurotransmissores do bem estar é a serotonina, formada por um aminoácido chamado triptofano, presente em peixes, carnes, ovos e outras fontes de proteína. O ácido gama aminobulítico ajuda a manter a atenção, além de ser acalmante. Ele está presente no chá verde, e como outras vitaminas em folhas verde escuras.

Também o ômega 3, presente em peixes, como em alguns vegetais como brócolis, rúcula e couve, funciona como estabilizador do humor e mantém uma boa comunicação cerebral com todas as células do corpo humano.

Na alimentação atual devem-se evitar os produtos industrializados, bem como reduzir o açúcar e conservantes. Os aditivos químicos e o consumo exagerado de açúcares estão condenados por dez entre dez especialistas em nutrição e humor.

Segundo a nutricionista Patricia Davidson Haiat, professora de pós-graduação em terapia nutricional da UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro e membro do Institute for Functional Medicine, o excesso de açúcar pode desequilibrar os níveis de glicose que flutuam durante o dia de forma extrema.

De forma semelhante com as recomendações asiáticas, uma alimentação equilibrada pode ser o suficiente para as necessidades humanas, não necessitando de medicamentos. Os remédios existentes para o humor, como a depressão e compulsão, trabalham na produção de neurotransmissores, informa esta professora e o artigo publicado.

Muitos médicos recomendam que estas alimentações sejam acompanhadas de exercícios que fazem com que o cérebro produza substâncias que ajudam a preservar o otimismo, o que é especialmente recomendado para pessoas de idade.