Problemas da Imprensa no Período das Festas
24 de dezembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: mudanças no Newsweek, o nosso site, redução das notícias, técnicas do The Economist | 2 Comentários »
Diante da redução das notícias econômicas e políticas durante as festas do final do ano, observa-se que muitos veículos de comunicação social reduzem também as suas atividades, num período em que muitos enfrentam dificuldades para a sua continuidade normal. Como muitas outras revistas, até o tradicional Newsweek interrompe sua publicação impressa, passando a funcionar eletronicamente a partir do próximo ano. O The Economist publica num número o correspondente a duas semanas, utilizando a técnica de fornecer profundas análises históricas para assuntos da atualidade, que exigem uma leitura mais demorada, por se tratar de temas culturais.
Por exemplo, num dos seus artigos trata do conceito do “Inferno”, que vem desde a antiguidade, tratado pelos mais variados filósofos, não se restringindo aos de tradição judaica ou cristão, mas também de hindus, muçulmanos e budistas, indo até os antigos egípcios. Trata também das comemorações do Mardi Gras, que apesar de se concentrar em Nova Orleans nos Estados Unidos, mistura influências afro-americanas como de nativos daquele país, que escaparam da escravidão.
Trata também da pequena cidade de Vandalia, no Estado de Illinois, onde Abraham Lincoln iniciou a sua carreira e é até hoje dividida pelos republicados e democratas, que deixou de ser rural, mas continua relevante nas definições políticas. Também cuida da disputa que não termina no Paraguai, que começou na Tríplice Aliança da Argentina, Brasil e Uruguai, hoje membros do Mercosul, na guerra contra as pretensões de Solano Lopes, que provocou um verdadeiro massacre em que faleceram 90% dos homens locais e 60% do total da população, segundo estudos efetuados na Universidade de Georgia. O território do Paraguai foi reduzido, notadamente nos que foram incorporados pelo Brasil e pela Argentina. O “bispo” Fernando Lugo chegou ao poder, mas acabou cassado e deixou muitos descendentes. Ainda hoje existem problemas com os brasiguaios e a chegada de muçulmanos faz com que muitos se preocupem com sua concentração nas proximidades da Cuidad del Este.
Aspectos históricos das disputas das ilhas de Senkaku/Diaoyu entre japoneses e chineses também são abordados, envolvendo tanto Taiwan como Okinawa. Matsutaro Shoriki, fundador do jornal de maior tiragem no mundo, o Yomiuri Shimbun, é comparado com o Cidadão Kane. Trata-se, também, do assassinato de Song Jiaoren, fundador do Partido Nacionalista na China, que poderia ter mudado a história daquele país. Reporta-se também sobre Kibera na África, que seria a maior favela do mundo, na proximidade de Nairobi, Kenya.
Também a atual dificuldade na Comunidade Europeia é relacionada com a queda do Império Romano do Ocidente, que foi seguida por séculos de guerras, mostrando o quanto é importante a sua preservação, apesar do elevado custo, para que as tragédias passadas não se repitam. Mas também se trata dos problemas dos esforços desenvolvidos pelos atletas de corridas de longas distâncias, que teria começado com a maratona. Como de monges de monastérios considerados subversivos em Athos, onde ainda existem 20 deles, com cerca de 2.300 membros.
Um artigo refere-se ao maior fraudador da história, Gregor MacGregor, um escocês, que teria sido suplantado agora por Bernie Madoff. E também a ponte de Mumbai (18 milhões de habitantes), na Índia, que teria 4,7 quilômetros de comprimento, com torres que chegam a 128 metros de altura, cujo custo está estimado de US$ 12 bilhões. Além de assuntos conservacionistas como os relacionados com a preservação dos lobos, perseguidos por séculos. Também são abordados assuntos como os nerds, descritos nos cartoons. Bem como novelas relacionadas com Gatsby, de ingleses interessados no Grand Palais, em Paris.
Esta descrição sumária dá uma dimensão da leitura que podemos contar no The Economist, cuidando de assunto que vão além da apreciação da economia e da política, mas acabam fornecendo o cabedal necessário para uma avaliação mais humanística das questões com os quais somos confrontados.
Neste nosso modesto site, selecionamos alguns itens relacionados com os fatos mais otimistas, que procuraremos ligar com os problemas que estão aflorando no cotidiano, neste mundo globalizado.
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Obrigado pela citação.
Paulo Yokota