Países Emergentes Continuam Crescendo
9 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: apesar dos Estados Unidos e da Europa, artigo de Jim O’Neill no Project Syndicate, o BRIC ampliado
Jim O’Neill, do Goldman Sachs, foi quem primeiro utilizou a expressão BRIC – agregando países emergentes de grandes dimensões como o Brasil, Rússia, Índia e China. Num seu artigo publicado no Project Syndicate, ele informa agora que o mundo emergente, ao qual poderiam ser acrescentados outros países como a Coreia do Sul, a Indonésia, o México e a Turquia, que somados equivaleria a um Reino Unido, já atingiram em 2011 US$ 3 trilhões em oito países, ou seja, cerca de um quarto da economia norte-americana, estimada em torno de US$ 15 a 16 trilhões.
Os 15 países que incluiriam, além do que ele chama de Next 11, Filipinas, Bangladesh e a Nigéria teriam dois terços da população mundial, que continua crescendo do ponto de vista econômico em 2013, mesmo com o desaquecimento dos últimos anos. Os crescimentos nestes emergentes compensam as quedas observadas na Europa, segundo o autor. No fundo, só o crescimento dos BRIC equivale a uma Itália.
Jim O’Neill. Foto: Thomas Lee/Bloomberg
Ainda que o nível de renda per capita dos países emergentes estejam abaixo dos desenvolvidos, o fato concreto é que o seu crescimento continua elevado, ampliando o mercado por bilhões de habitantes de todo o mundo.
No caso da China, as novas autoridades estão executando o seu novo plano quinquenal, devendo crescer em torno de 7% ao ano, ampliando o seu mercado interno. Deve ajudar outros países que contribuem para o seu abastecimento.
Mesmo que os Estados Unidos continuem enfrentando os problemas relacionados com o abismo fiscal, e a Comunidade Europeia tenha que continuar sustentada pela Alemanha que enfrentará brevemente uma eleição complexa para Angela Merkel, o mundo continuará crescendo, com uma forte determinação da China, ajudada pelos outros emergentes.
O autor observa a importância do que está ocorrendo no setor energético mundial, com o maior uso de gás natural de baixo custo. Em que pesem os problemas que ainda precisam ser enfrentados, Jim O’Neill é otimista com o que está ocorrendo no mundo.
Poderia ser acrescentar que toda esta população está passando por um processo de aperfeiçoamento como recursos humanos, e novos recursos naturais estão sendo incorporados no desenvolvimento econômico. As pesquisas continuam elevando a eficiência da economia mundial, e mesmo com as crescentes preocupações conservacionistas, pode-se esperar a continuidade de um crescimento sustentável.