A Intensificação do Uso de Drones
14 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: artigo publicado no O Estado de S.Paulo, corrida armamentista, esforços militares, os aviões sem pilotos | 2 Comentários »
O jornal O Estado de S.Paulo publica em português um artigo originalmente publicado por Richard Parker no The New York Times informando que os Estados Unidos estão aperfeiçoando os seus drones, que são aviões que não necessitam de pilotos. Um drone deverá pousar num porta-aviões, avançando mais uma página na história dos instrumentos de guerra. Até o momento, estes aparelhos vinham sendo utilizados onde os riscos de serem abatidos eram elevados, evitando o sacrifício de pilotos. Agora, estão se ampliando os esforços militares, tanto dos Estados Unidos como da China, fazendo com que pesados investimentos tenham que ser feitos por uma área bem mais ampla, como a Ásia e o Pacífico.
O aparelho utilizado é o X-47B, um avião invisível de 11,4 metros de comprimento por 19 metros de envergadura, que voa a uma velocidade subsônica com o assombroso alcance de 3.200 quilômetros, com uma tecnologia incorporada para suas mais variadas missões. Suas decolagens, combate e pouso são totalmente computadorizados com possibilidades de usos simultâneos de dezenas de unidades. O artigo informa que estes equipamentos são capazes de suportar níveis de radiação impossíveis para os seres humanos como outros equipamentos tradicionais.
X-47B
Estes drones podem efetuar ataques com bombas convencionais, mas também contam com dispositivos para micro-ondas de alta potência capaz de destruir redes elétricas inimigas, bem como de computação inimigas, que estejam conectando satélites, navios e mísseis de alta precisão.
Os chineses ainda contam somente com um porta-aviões, estando bastante atrasados nestes esforços, mas acabarão sendo obrigados a fazer pesados investimentos na área. A dimensão de marinheiros da China é elevada, mas não possuem ainda tecnologias para fazer frente aos Estados Unidos, que também necessitam contar com os recursos dos seus aliados.
Os chineses pretendem ir ampliando suas áreas de influência militar, mas os esforços dos Estados Unidos com ajuda dos seus aliados devem provocar uma dissuasão nestes investimentos que podem provocar a desaceleração e inclusive a desagregação de uma economia, como aconteceu no passado com a Rússia. Mas, estas questões não são movidas pela racionalidade econômica, havendo outras razões políticas e de segurança que podem ser decisivas.
Para os chineses manterem os Estados Unidos a meio oceano de distância faz-se necessários pesados investimentos e tecnologia, envolvendo satélites, guerra cibernética, comunicações codificadas, e rede de computadores, no que a China, segundo o artigo, já investiu cerca de US$ 100 bilhões na última década.
Os Estados Unidos, além dos esforços com os drones, efetuam investimentos em sistemas antissubmarinos, comunicações e até equipamentos marítimos não tripulados. Um simples drone de reconhecimento chamado Triton, com um avião antissubmarino tripulado P-8A Poseidon, pode varrer uma área de 6,7 milhões de quilômetros quadrados.
A disputa atual que se faz no campo econômico, pela rivalidade existente, poderá passar para a área militar, onde sempre podem ocorrer acidentes. O ideal seriam duas marinhas igualmente poderosas estacionadas, de forma imóvel, como uma forma de ação diplomática.
A íntegra do artigo publicado no O Estado de S.Paulo está no http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-guerra-dos-avioes-sem-piloto-,1031554,0.htm
Nunca vi um texto tão ruim…
Além dos erros crassos de português (ex.: avião antissubmarino), a matéria contém distorções e exageros, por exemplo:
“assombroso alcance de 3.200 quilômetros”
Oras, o DC-10 que é um avião antigo e de uso civil, tem um alcance de 12.055 quilômetros !
Ademais, conferindo a reportagem no site do jornal “O Estado de São Paulo”, de forma alguma a reportagem diz que 3.200 km tem um alcance assombroso.
Enfim, a direção deste site precisa ser mais rigoroso com o conteúdo das reportagens.
Lamentável.
Caro Marcos,
Lamento que o texto não tenha sido do seu agrado. Quanto aos erros crassos de português, que V. coloca como exemplo “avião antissubmarino”, não compreendo a sua objeção, pois até os revisões de O Estado de S.Paulo aceitaram, como pode também ser conferido em outras fontes. Não concordo que a matéria contém distorções e exageros, pois possivelmente V. não tem conhecimento de aeronaves militares, que são de curto alcance. Por exemplo, os Mirages que utilizamos para proteger Brasília, ficam em Anápolis, e sua autonomia de voo é de cerca de 30 minutos, não podendo estar no Rio de Janeiro ou São Paulo. Não se pode comparar com aviões civis. Consulte qualquer autoridade em aviação militar, pois eles podem lhe informar que 3.200 quilômetros é realmente “assombroso”. Posso lhe informar que tenho relacionamentos na Embraer como no comando da Aeronáutica.
Cometemos erros, como também ocorre nos melhores veículos da imprensa, mas não é o caso e lamento a sua agressividade.
Paulo Yokota