Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Atrasando o Alzheimer e a Demência nos Idosos

27 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde, webtown | Tags: artigo publicado pelo site da Bloomberg, estudo publicado no Proceedings da Academia Nacional de Ciências, remédio barato com base no complexo da vitamina B

Segundo um artigo publicado por Andrea Gerlin no site da Boomberg, as pesquisas médicas sugerem que dieta, exercícios e socialização permanecem como a melhor esperança dos pacientes, associado com um complexo de vitamina B6 e B12, combinados com ácido fólico que se comprovou reduziu a atrofia da massa cinzenta em áreas do cérebro afetadas pela doença de Alzheimer. Um estudo sobre o assunto foi publicado na revista Proceedings da National Academy of Sciences dos Estados Unidos. John Lokk, professor e médico-chefe do Departamento de Geriatria do Korolinska University Hospital Huddinge da Suécia, pergunta por que não tentar dar aos pacientes um coquetel de vitaminas do complexo B, nestes casos.

O assunto veio sendo pesquisado pelos maiores laboratórios farmacêuticos do mundo como a Bristol-Myers Squibb, Pfizer e Eli Lilly gastando bilhões de dólares, mas não se chegou a resultados apreciáveis. A OMS – Organização Mundial da Saúde estimou que em 2050, 115 milhões de idosos serão afetados pela doença de Alzheimer, o triplo dos 36 milhões em todo o mundo em 2010. O Nutrition Business Journal estima que o mercado global de vitaminas, minerais e suplementos em 2012 foi de US$ 30 bilhões.

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No estudo publicado pelo PNAS, os pesquisadores acompanharam 156 pessoas com idades acima de 70 anos que tiveram perda de memória leves e altos níveis de proteína ligada à demência. Entre as pessoas com elevado nível de homocisteína, o estudo constatou que a quantidade de massa cinzenta caiu 5,2% naqueles que tomaram placebo, em comparação com 0,6% daqueles que tomaram o coquetel de vitaminas. Os suplementos ministrados custam cerca de 30 centavos de dólar por dia em farmácias, ou seja, um custo extremamente modesto.

Segundo o professor emérito de farmacologia da Oxford University, David A. Smith, foi o primeiro remédio que funcionou. O FDA – Food and Drug Administration dos Estados Unidos não autorizou drogas para a perda de memória em uma década.

Muitas drogas e procedimentos foram experimentados nos Estados Unidos e na Europa, sem resultados positivos. Os cientistas estão experimentando drogas para prevenir a doença de Alzheimer. Segundo o que se conhece, o cérebro das pessoas idosas encolhe cerca de 0,5% ao ano a partir de 60 anos, e mais rápido em pessoas com deficiência de vitamina B12, comprometimento cognitivo leve ou a doença de Alzheimer.

Os voluntários do estudo receberam um placebo ou um coquetel de vitamina B. Seus cérebros foram escaneados usando ressonância magnética, e os resultados foram surpreendentes. Como estes estudos são especializados, os cientistas estão fazendo outros complementares, e os pacientes e seus familiares devem consultar os seus médicos especialistas, pois os trabalhos só indicam perspectivas positivas, ainda sujeitas às confirmações.