Problemas que Extravasam os Limites Nacionais
7 de maio de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: acordos convenientes para troca de informações, correntes migratórias, problemas de poluição
Existem alguns problemas difíceis de serem mantidos nos limites das fronteiras internacionais, exigindo cooperações entre países vizinhos para minorar alguns deles. Um se refere à poluição, como o que vem sendo enfrentado pela China, a Coreia e o Japão, e os seus ministros do Meio Ambiente resolveram criar um painel para a troca regular de informações, como noticiado pelo jornal econômico japonês Nikkei. Todos sabem que a China, principalmente, enfrenta problemas sérios de poluição de partículas minúsculas, abaixo de 2.5 microns, que acabam se espalhando fora de suas fronteiras.
Noticia-se que o ministro japonês do Meio Ambiente reuniu-se com o seu colega coreano Yoon Seong Kyu e o vice-ministro para proteção ambiental da China, Li Ganjie, numa reunião realizada em Kitakyushu, no sul do Japão, mais próximo dos países vizinhos. Numa declaração conjunta, resolveram estabelecer um painel periódico para troca de informações sobre a poluição do ar na região, bem como relato das providências que estão sendo tomadas.
Esperava-se que a reunião realizada seria de nível ministerial, mas o ministro chinês alegou problemas com o terremoto que abalou a província de Sichuan, mas pode também ser decorrente das dificuldades diplomáticas com as disputas das ilhas nos mares próximos.
As três autoridades, no entanto, registraram que houve significativos avanços, esperando que seja preparatória de outra reunião em nível ministerial no futuro próximo.
Outro problema que afeta fronteiras internacionais é o da migração que vem ocorrendo, por exemplo, entre os países da América Central com os Estados Unidos. Tudo indica que o do México acabou-se reduzindo, diante da melhoria do quadro econômico naquele país, mas outros vizinhos da América Central tentam cruzar as fronteiras para sobreviverem com os norte-americanos, até em decorrência da pequena melhora que vem ocorrendo na sua economia.
As condições na América Central continuam duras, e mesmo com os riscos e as promessas de flexibilizações das migrações prometidas por Barack Obama existem os que assumem os riscos de cruzar suas fronteiras, que são elevadas, implicando até prejuízos físicos ou falecimentos, como noticiados em jornais dos Estados Unidos.
Na realidade, como persiste a liberdade dos fluxos financeiros e dos investimentos estrangeiros diretos, há que se acordarem mecanismos de compensações migratórias, pois as condições acabam ficando mais desequilibradas.